segunda-feira, agosto 02, 2010

When Costa met... qualquer coisa na cabeça


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Na passada sexta-feira, a pressão de ver e ouvir Ricardo Costa numa fase de autêntica histeria, vertendo sobre os convidados do Expresso da Meia-Noite e sobre os telespectadores todo o protagonismo que ele não sabe conter e, claramente, extravasa do seu contentor de emoções, obrigou-me a mudar de canal. Foram apenas alguns minutos em que Costa, adunco, histérico e mal contido descolou da terra para espraiar nos céus a sua tremenda imbecilidade e impreparação, em qualquer coisa que tão depressa parecia a acirrada defesa de Sócrates como uma qualquer outra coisa indefinida, que nem ele próprio, quiçá, conseguiria definir. Costa zangou-se e ralhou com os participantes, com os espectadores e com o mundo, sendo que o mundo deveria ser a última coisa com que ele deveria zangar-se, tão probo o mundo tem sido para ele.

Voltando ao programa, não percebi bem o que Costa pretendia. A comparação do prazo dos magistrados para fazer perguntas ao primeiro-ministro com uma folha Excel que ele, Costa, tem de preencher, para apresentar aos chefes, foi a gota que fez transbordar o copo da minha paciência e me fez mudar para um tvcine qualquer.

Hoje leio o Portugal dos Pequeninos e vejo que fiz bem. Tão bem quanto ler o post todo e perceber que afinal não sou filho único na desgraça de me ver sujeito à impreparação, ou má formação, desta gente que acha que é dona da pantalha e se vem em directo, na explanação das mais improváveis manifestações de pedantismo e narcisismo. Ora, em matéria de orgasmos públicos, antes a Meg Ryan a jantar com o Billy Crystal. Muito mais saudável, muito mais bonito, naturalmente mais erótico e, sobretudo, mais inteligente.

Resta o registo de agradecimento ao João Gonçalves pelo seu post, bem assim como a vários dos seus preclaros comentadores.

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