quarta-feira, agosto 04, 2010

Pedrada na badalhoca - já!


Quem manda esta mulher andar aí na pouca-vergonha?

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A esquerda europeia de há muito que perdeu a vergonha e a apregoada nobreza de ideais, for força de um «aggiornamento» contínuo com a realidade dos nossos dias, e assim é que já não reage às tropelias mais ou menos selváticas, primitivas, de muitos dos modelos que usa para chatear a direita.

Já no Brasil, Lula gosta de manter aquele tique romântico que, a ver dele, ainda vai bem com a gravata internacionalista. E é assim que depois de se solidarizar com os ditadores cubanos que continuam a prender gente porque não gostam do penteado que usam, Lula achou agora que matar à pedrada uma mulher que manteve uma relação ilícita com um homem depois do casamento era um bocado exagerado e decidiu oferecer os seus préstimos… oferecendo asilo político à adúltera (sempre achei a queca adúltera um acto político…). É claro que levou uma resposta adequada dos apedrejadores de mulheres da pouca-vergonha que andam por aí a dar facadinhas no casamento.

Bem feita para Lula, se ele percebesse o cerne da questão – não percebe, porque ele acha que ainda pertence à tal esquerda romântica, mesmo não pertencendo. Quando à mulher condenada à lapidação, resta desejar genuinamente que tenha a sorte de escapar por força de alguma pressão mais eficaz que o romantismo de Lula e lamentar que o mundo civilizado tenha ainda que lidar com selvagens desta natureza em nome da moral e dos bons costumes das relações internacionais – bem mais promíscuas que as relações que a melhor manteve com um homem de quem eventualmente gostou. Entretanto, Lula deve estar muito admirado e achando que os iranianos são uns mal-agradecidos.

Via Blasfémias e Arrastão

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