segunda-feira, março 08, 2010

Assustador


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O Público, para comemorar os seus 20 anos, convidou quatro estudantes de comunicação social (num curso superior de Ciências da Comunicação, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova). O jornal pediu a esses alunos que escolhessem três temas que o jornal deveria tratar na edição comemorativa.Torna-se interessante ler o que escolheram estes jovens com cerca de 20 anos e que nasceram quando o Público surgiu. Podiam ser meus filhos e neles revejo a educação que a minha geração e as anteriores lhes deram e dão.

A Andreia gostava de ver tratado o "trabalho das associações" que apoiam os mais pobres e compreender as motivações dos que nelas trabalham. Ainda gostaria de ver "mostrado" o lado menos convencional de um outro ensino, o profissional e finalmente, um artigo sobre os grafittis e graffiteurs.

O Tiago, gostaria de ler sobre as dificuldades dos recém-licenciados que estagiam sem receber. Ainda sobre as "novas abordagens artísticas e culturais" e finalmente sobre a Holanda e o regresso da xenofobia em paralelo com o português.

O Pedro gostaria de saber como a música estrangeira chega até nós e escreve uma pequena incorrecção histórica: "até meados da década de 70, o acesso à música feita lá fora encontrava-se bastante condicionado." Depois, sobre as associações que combatem a discriminação e finalmente, um artigo sobre alguns jornalistas que "arriscaram as próprias vidas" citando Carlos Fino, Luís Castro e José Rodrigues dos Santos.

A Maria, um artigo sobre o aquecimento global, outro sobre os automóveis que dominam a paisagem urbana e por fim, um artigo sobre os que fazem o Público.

É assustador reparar na dinâmica que se criou nestes jovens e que se reflecte bem através dos temas escolhidos. O mundo para eles é uma entidade fechada, quiçá desconhecida e que um dia, eventualmente, poderá ser descoberta. Entretanto há que seguir a main stream e comportarem-se segundo os ditames do politicamente correcto, que é o que lhes é inculcado desde a escola primária até à faculdade. E nesta visão distorcida do mundo, das pessoas e das coisas, teremos, em breve mais punhado de jornalistas como deve ser, sem que se vislumbre uma solução de continuidade do fenómeno que não passe por uma ruptura profunda desta farsa criminosa em que o socialismo moderno nos mergulhou, em nome de uma utopia que de há muito deveria ter cedido o espaço a uma visão realista que nos conduzisse ao desenvolvimento e ao progresso, na economia, na ciência e no bem-estar geral dos portugueses.

Ler o post do José todo aqui.

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2 Comments:

At 7:56 da tarde, Blogger estouparaaquivirada disse...

Espero que os novos Jornalistas, sejam honestos, cultos, criativos e independentes.
Isto é o que eu espero....

 
At 3:38 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

papoila

Pelo menos já vão bem preparados :)))

 

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