E a família, tudo bem?
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Não é fácil passar ao lado de um episódio típico da nossa gente e reveladora da ligeireza com que aos mais diversos níveis tratamos dos nossos assuntos.
Não é fácil passar ao lado de um episódio típico da nossa gente e reveladora da ligeireza com que aos mais diversos níveis tratamos dos nossos assuntos.
Um assassino perigoso acaba de matar a ex-mulher à frente da filha, em Montemor-o-Velho. Acaba preso e metido numa carrinha, não sem que lhe faltasse tempo e arma para despachar mais uma vítima, na circunstância um dos próprios guardas que o prenderam.
Qualquer filme de 3ª categoria nos mostra como é que estas coisas se fazem. A polícia está minimamente treinada e ensinada para de imediato imobilizar, algemar e revistar um suspeito. E se o suspeito não obedece é alvejado sem contemplações, que um tiro nas pernas não mata ninguém e, pelo contrário, evita que o suspeito mate mais alguém.
Mas isto é nos filmes, devem pensar os agentes da autoridade de localidades como Montemor-o-Velho. No fundo, nestes meios pequenos, toda a gente se conhece. No caso vertente julgo até que era do domínio público que o assassino (alegado, não é?) era um homem extremamente violento para a ex-mulher, com um histórico do conhecimento geral. Daí que, posso estar até a exagerar, mas não me admiraria muito que os guardas o prendessem ao mesmo tempo que lhe perguntavam se a cadelinha já pariu, se já tinha acabado o canal de rega para trazer água do Mondego á horta ou se a carrinha já pegava. Eu sei que não deve ter sido bem assim mas, tenha sido da maneira que fosse, não se entende nem se admite que um homem seja detido depois de ter abatido uma mulher a tiro dentro de uma ambulância e não seja imediatamente algemado e revistado. À força, está bem de ver, com a violência e eficácia que o caso exigisse.
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Etiquetas: Ai Portugal, crime
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