Os impolutos
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Eu sei que é uma matéria delicada e também sei que vivemos rodeados de ricos ilícitos, novos ricos, ricos velhos, muitos ricos e se há coisa que me mexa com o grande simpático e com a hermenêutica desejável num indivíduo de mediana inteligência como eu é precisamente perceber que me cruzo com chicos espertos que ficaram ricos à custa de comportamentos ilícitos, sobretudo quando isso envolve o meu dinheiro e o daqueles que todos os meses entregam ao estado uma parte (grande) daquilo que recebem pelo seu trabalho.
Dito isto, irrita-me profundamente ouvir uma senhora (Helena Pinto) representante do Bloco de Esquerda que, como se sabe, é um modelo de virtudes, vir para a rádio dizer a todos e a todas como é que se devia fazer para acabar com a corrupção. E saibam todos e todas que afinal é fácil. Entregue-se os assuntos ao Bloco e eles resolvem tudo na boa. Estabelecem um modelo de sociedade de que eles gostam muito, desde que sejam eles a mandar, claro, que é para isso que eles se consideram destinados.
Por mim, que nem sou rico, nem novo, nem velho, nem ilícito, prefiro que se respeite escrupulosamente a privacidade de cada um. Que se sacralize mesmo essa privacidade. Não é uma Helena ou um Louçã quaisquer que deverão poder saber o que ganho, o que perco, o que devo, o que me devem ou de como gasto o meu dinheiro. É uma situação extreme esta que sugerem de acabar com o sigilo bancário e de termos de explicar a origem de depósitos superior a um determinado montante (€10.000 por ano, acho que é isso). E remete para o totalitarismo que o Bloco e outros como os (e as) do Bloco gostam. Desde que não sejam eles (e elas) os esmiuçados (e as esmiuçadas), como é de lei. Porque sei bem o que a casa gasta. E eu prefiro viver com corruptos que, de resto, estarão, bem ou mal, sujeitos aos meios de justiça, apesar de muitos passarem incólumes, do que viver com falsos moralistas, carácteres pretensamente impolutos e que se consideram os verdadeiros messias da moral pública. Para não falar de outras implicações, uma das quais seria certamente o grande fluxo de capitais para fora do país. Mas isso eu deixo para os economistas explicarem, que eles percebem mais disso do que eu. E enquanto explicam e não explicam eu pedia a todos e todas do Bloco que me saiam de cima. Ainda têm meia dúzia de lugares no mundo onde podem ir pregar. Um deles é o deserto. Aí, pelo menos, não maçam ninguém.
Eu sei que é uma matéria delicada e também sei que vivemos rodeados de ricos ilícitos, novos ricos, ricos velhos, muitos ricos e se há coisa que me mexa com o grande simpático e com a hermenêutica desejável num indivíduo de mediana inteligência como eu é precisamente perceber que me cruzo com chicos espertos que ficaram ricos à custa de comportamentos ilícitos, sobretudo quando isso envolve o meu dinheiro e o daqueles que todos os meses entregam ao estado uma parte (grande) daquilo que recebem pelo seu trabalho.
Dito isto, irrita-me profundamente ouvir uma senhora (Helena Pinto) representante do Bloco de Esquerda que, como se sabe, é um modelo de virtudes, vir para a rádio dizer a todos e a todas como é que se devia fazer para acabar com a corrupção. E saibam todos e todas que afinal é fácil. Entregue-se os assuntos ao Bloco e eles resolvem tudo na boa. Estabelecem um modelo de sociedade de que eles gostam muito, desde que sejam eles a mandar, claro, que é para isso que eles se consideram destinados.
Por mim, que nem sou rico, nem novo, nem velho, nem ilícito, prefiro que se respeite escrupulosamente a privacidade de cada um. Que se sacralize mesmo essa privacidade. Não é uma Helena ou um Louçã quaisquer que deverão poder saber o que ganho, o que perco, o que devo, o que me devem ou de como gasto o meu dinheiro. É uma situação extreme esta que sugerem de acabar com o sigilo bancário e de termos de explicar a origem de depósitos superior a um determinado montante (€10.000 por ano, acho que é isso). E remete para o totalitarismo que o Bloco e outros como os (e as) do Bloco gostam. Desde que não sejam eles (e elas) os esmiuçados (e as esmiuçadas), como é de lei. Porque sei bem o que a casa gasta. E eu prefiro viver com corruptos que, de resto, estarão, bem ou mal, sujeitos aos meios de justiça, apesar de muitos passarem incólumes, do que viver com falsos moralistas, carácteres pretensamente impolutos e que se consideram os verdadeiros messias da moral pública. Para não falar de outras implicações, uma das quais seria certamente o grande fluxo de capitais para fora do país. Mas isso eu deixo para os economistas explicarem, que eles percebem mais disso do que eu. E enquanto explicam e não explicam eu pedia a todos e todas do Bloco que me saiam de cima. Ainda têm meia dúzia de lugares no mundo onde podem ir pregar. Um deles é o deserto. Aí, pelo menos, não maçam ninguém.
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Etiquetas: Bloco, totalitarismo
4 Comments:
APOIADO!
Devagar devagarzinho...o Bloco apoderava-se de tudo!
XX
Lembram-se dos Vampiros do José Afonso???
Pois é, agora chamam-se Bloquistas!!!
papoila
Eu acho que nem sequer é assim muito devagarinho...
:)
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Joe Bernard
Assustei-me. Assim, de repente, até pensei que era o comendador a comentar :)
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