domingo, novembro 02, 2008

Caraças, pá!


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Já li por aí, confesso que não me lembro onde, que as bravatas de Sócrates, com especial incidência neste últimos dias, para além do embaraço causado a quem ainda insiste em manter um módico de dignidade e amor-próprio, parecem indicar que algo está mal. Não sei bem o quê, não sou técnico, mas que o homem não está bem, não está. Diz, desdiz e deixa-se cair em situações absolutamente caricatas. Embalado com as vendas dos Magalhães, deixou-se apanhar agora entre a pulsão (que, como se sabe e Freud explicava, nada tem a ver com instinto) esquerdista que circula com alacridade por aí, para dizer coisas como ser necessária a reforma das instituições internacionais que não souberam lidar com a crise financeira e que o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem "falta de representatividade e credibilidade". Esquecendo-se que ainda há cerca de um mês dizia "O primeiro-ministro, José Sócrates, congratula-se com o facto das previsões do Fundo Internacional Monetário (FMI) deixarem Portugal de fora do grupo de países que entrará em recessão".

«As previsões do FMI duvidem-se em 2 grupos: o dos que vão entrar em recessão e o dos que não vão. Onde está Portugal? No segundo!», afirmou satisfeito o primeiro-ministro, no debate quinzenal que decorreu esta quarta-feira na Assembleia da República."

Alguém deveria explicar a Sócrates que ser primeiro-ministro não é “porreiro, pá”. É ter, antes do mais, a noção da dignidade que o posto requer, mormente no pormenor não despiciendo de representar um povo e um país. E isso tem exigências mais elevadas que um projecto de uma vivenda manhosa ou a emissão em regime permanente de tiradas populistas que servem para alegrar os tolos. Que nem todos nós somos.

Tema “picado”, com a devida vénia, do Tomar Partido que, por sua vez, o terá “picado” do Nem tanto ao mar.

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