Gente bisonha
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Quem tenha "passado" ontem pela emissão televisiva de dois jogos de futebol em que participavam dois dos “grandes” do nosso mundo da bola, terá percebido como somos um país bisonho e tão cinzento como o Outono que temos tido por aí a prenunciar o Inverno. Tanto na Figueira da Foz como em Vila do Conde, os estádios apresentavam um punhado de gente escassa, enrolada em cachecóis e casacos grossos, de cenho distante e triste a olhar para um grupo de futebolistas igualmente mortiços, sem garra nem jeito, a disputar uma bola, que raramente entra nas balizas. Uma vez na Figueira e outra em Vila do Conde, para ser mais exacto.
Longe vão os dias em que a visita de um clube grande arrastava multidões e esgotava recintos. Poder-se-á avançar um milhão de razões para o fenómeno da desertificação dos estádios - mau futebol, jogadores permanentemente a atirarem-se para o chão e a simular lesões e questões similares, árbitros incompetentes e corruptos, mas penso que muito terá a ver com as nossas próprias idiossincrasias que nos levam à modorra e abulia que nos consome e nos atira mais facilmente para um centro comercial estrear as Nike ou para um sofá onde, entre duas “mines” e um petisco, peroremos, aí sim, sobre as incidências dos jogos.
De qualquer maneira, o futebol como espectáculo está a acabar em Portugal. Em contraponto aos estádios de outros países europeus que continuam a encher-se de gente solta, que ri e exorta os seus ídolos e que saudavelmente assobia os árbitros. Uma ou outra escaramuça servem até para alimentar o espectáculo. Por cá, nem isso. Ainda há dias um adepto foi condenado a um ano de interdição dos estádios por ter dado um “calduço” (termo do juiz) a um árbitro. O réu limitou-se a dizer que tinha vergonha de ser do Benfica. Disse ele que se fosse do Porto, de certeza que teria tido muito mais apoio à saída do tribunal…
Quem tenha "passado" ontem pela emissão televisiva de dois jogos de futebol em que participavam dois dos “grandes” do nosso mundo da bola, terá percebido como somos um país bisonho e tão cinzento como o Outono que temos tido por aí a prenunciar o Inverno. Tanto na Figueira da Foz como em Vila do Conde, os estádios apresentavam um punhado de gente escassa, enrolada em cachecóis e casacos grossos, de cenho distante e triste a olhar para um grupo de futebolistas igualmente mortiços, sem garra nem jeito, a disputar uma bola, que raramente entra nas balizas. Uma vez na Figueira e outra em Vila do Conde, para ser mais exacto.
Longe vão os dias em que a visita de um clube grande arrastava multidões e esgotava recintos. Poder-se-á avançar um milhão de razões para o fenómeno da desertificação dos estádios - mau futebol, jogadores permanentemente a atirarem-se para o chão e a simular lesões e questões similares, árbitros incompetentes e corruptos, mas penso que muito terá a ver com as nossas próprias idiossincrasias que nos levam à modorra e abulia que nos consome e nos atira mais facilmente para um centro comercial estrear as Nike ou para um sofá onde, entre duas “mines” e um petisco, peroremos, aí sim, sobre as incidências dos jogos.
De qualquer maneira, o futebol como espectáculo está a acabar em Portugal. Em contraponto aos estádios de outros países europeus que continuam a encher-se de gente solta, que ri e exorta os seus ídolos e que saudavelmente assobia os árbitros. Uma ou outra escaramuça servem até para alimentar o espectáculo. Por cá, nem isso. Ainda há dias um adepto foi condenado a um ano de interdição dos estádios por ter dado um “calduço” (termo do juiz) a um árbitro. O réu limitou-se a dizer que tinha vergonha de ser do Benfica. Disse ele que se fosse do Porto, de certeza que teria tido muito mais apoio à saída do tribunal…
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Etiquetas: futebol, povo entretido
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