Howshit
[1603]
Chegar a sexta-feira e mastigar a sensação que não devíamos ter saído da cama na segunda-feira passada. É o sentimento frustre de quem (ainda) acorda com a ideia de que pode (e vai) mudar o mundo, nem que seja um bocadinho. Mas depois lá vem uma calamidade natural qualquer e vai tudo por água abaixo.
Entenda-se por calamidade natural, tudo o que de artificial pode acontecer, no mau sentido, claro. Artificial porque se deixássemos as coisas acontecer pelos padrões naturais metade das calamidades não aconteceriam. Mas não, temos de interferir. Temos de nos cansar da rotina segura e profícua para nos lançarmos no desconhecido, mesmo quando o desconhecido é um velho conhecido com quem lidamos há alguns anos. E complicar tudo. Portanto, há calamidades naturais que não são naturais. São tão naturais como as madeixas da Fátima Felgueiras e tão evitáveis como as bichas de trânsito da A5, havendo uma marginal razoavelmente desobstruída esperando por nós.
Bom! Esta semana correu mal, ponto final. Mas pior do que uma semana correr mal é sentirmos que a próxima vai ser muito pior. Portanto, a atitude avisada é não pensar muito no assunto e fazer como aquele director de uma fábrica a quem vão avisar numa sexta-feira à noite que a fábrica está a arder e ele murmura, paciente: Ui, que grande dor de cabeça que eu vou ter na segunda-feira!
E hoje é sexta. Atenhamo-nos à dor de cabeça que vou ter na segunda!
Este “atenhamo-nos” parece um palavrão, mas o abc não deu erro, portanto, deve estar certo. As palavras esquisitas que o português tem…
Chegar a sexta-feira e mastigar a sensação que não devíamos ter saído da cama na segunda-feira passada. É o sentimento frustre de quem (ainda) acorda com a ideia de que pode (e vai) mudar o mundo, nem que seja um bocadinho. Mas depois lá vem uma calamidade natural qualquer e vai tudo por água abaixo.
Entenda-se por calamidade natural, tudo o que de artificial pode acontecer, no mau sentido, claro. Artificial porque se deixássemos as coisas acontecer pelos padrões naturais metade das calamidades não aconteceriam. Mas não, temos de interferir. Temos de nos cansar da rotina segura e profícua para nos lançarmos no desconhecido, mesmo quando o desconhecido é um velho conhecido com quem lidamos há alguns anos. E complicar tudo. Portanto, há calamidades naturais que não são naturais. São tão naturais como as madeixas da Fátima Felgueiras e tão evitáveis como as bichas de trânsito da A5, havendo uma marginal razoavelmente desobstruída esperando por nós.
Bom! Esta semana correu mal, ponto final. Mas pior do que uma semana correr mal é sentirmos que a próxima vai ser muito pior. Portanto, a atitude avisada é não pensar muito no assunto e fazer como aquele director de uma fábrica a quem vão avisar numa sexta-feira à noite que a fábrica está a arder e ele murmura, paciente: Ui, que grande dor de cabeça que eu vou ter na segunda-feira!
E hoje é sexta. Atenhamo-nos à dor de cabeça que vou ter na segunda!
Este “atenhamo-nos” parece um palavrão, mas o abc não deu erro, portanto, deve estar certo. As palavras esquisitas que o português tem…
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Etiquetas: Black clouds, falta-me saco
6 Comments:
A vida é mesmo assim, mas quem sabe se na próxima semana não terás uma surpresa especial?
A semana correu mal mas já passou,
vamos pensar na segunda-feira só quando ela chegar.
Entretanto tem um bom fim de semana.
maricel
Sim, sim, ... para quê começar JÁ a pensar na próxima semana? O fim-de-semana é sagrado!!
Beijinhos, acabados de entrar em fim-de-semana!
:))
Sinapse
fátima
Algum milagre de Fátima?
:)))
marciel
Sim, segunda aí está de novo...
sinapse
Beijinho para ti também, espero que tenhas passado um bom fds e não tenhas andado de metro :)
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