Já custa...
2. Isto remete para a noção de que o sentido de
Estado ou o interesse nacional navegam em presunções pretensamente filosóficas
mas que não são mais que um atado de sentimentos reprováveis que atiram com o interesse
nacional para uma qualquer sarjeta, bem desentupida pelos interesses e conveniente
proselitismo nacional;
3. Isto remete para um fenómeno recorrente, qual
seja a ideia firme e bem alicerçada de que os portugueses são estúpidos e não
merecem outra coisa senão uma argumentação em rigoroso acordo com a estupidez e
com os interesses de uns quantos;
4. Isto remete para o reconhecimento, trágico, de
que na política nacional conta mais o sentimento de cada qual no poder de ódio
pessoal, raivinha, vingança, mesquinhez e absoluta falta de carácter do que o
interesse nacional. O ódio pessoal tem como exemplo uma longa lista de
personalidades públicas que não exclui o senhor Presidente da República;
E, para não ser cansativo, este é mais um
exemplo duma ideologia que de ideologia tem pouco ou nada e que se consubstancia
numa designação gasta, oportunista e gradualmente imbecilizada que dá pelo nome
de socialismo, um vocábulo feliz e que cala fundo num forte segmento de população, que importa manter na semiobscuridade do conhecimento, para que o socialismo possa
manter-se, apesar de ser cada vez menos e mais circunscrito e que, tragicamente,
continua a ser tolerado num país como o nosso – onde a ortodoxia do comunismo,
por exemplo, faz de Portugal o único país europeu onde sobrevive. Quiçá na
quimera estranha de pensar que podemos juntar-nos à Coreia do Norte e a Cuba, na
construção de regimes onde o homem novo há muito morreu de velho.
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Etiquetas: Ai Portugal, geringonça, Marcelo Rebelo de Sousa
1 Comments:
Claro e corajoso.
O PR quer o apoio do PS para a reeleição. Ponto final.
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