Alberto Gonçalves em serviço público
Ano após ano, um bando de
teor totalitário reúne os fiéis. Os fiéis comem, bebem, vestem referências a
assassinos, agitam símbolos medonhos, ouvem a música e os sermões dos parceiros
de fé, conspiram contra a democracia e, em suma, divertem-se a imaginar maneiras
de arrasar o nosso mundo. Se isto acontecesse entre 30 skinheads numa garagem
do Cacém, a PJ andaria alerta e o povo inquieto. Como acontece entre milhares
de comunistas numa quinta do Seixal, a PJ não liga e o País, um certo país,
acha o exercício simpático.
Atrevo-me a acrescentar um detalhe e, por isso, peço ao
Alberto Gonçalves que me desculpe. É a panache que envolve uma deslocação à “Festa”.
Tornou-se moda e um estranho símbolo de pluralidade, passando por cima do essencial.
E o essencial é exactamente o que Alberto Gonçalves refere em cima. E se
Marcelo a visita e as pessoas acham imensa graça, porque a Marcelo tudo é
permitido, já uma vasta colecção de jornalistas e músicos produz uma alegoria
estranha sobre uma festa que canta os amanhãs que se sabe e ressuma uma
estranha simpatia por gente pouco recomendável. Para além de um somatório de
práticas ilegais ou o à-vontade que demonstram em abjurar a homossexualidade, por exemplo.
Apenas para citar alguns.
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Etiquetas: amanhãs pipilando nas esquinas cheias de amigos, Festa do Avante
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