E é isto
Começa a ser uma questão de higiene não deixar a TV ligada
em roda livre, Usá-la só quando quisermos ouvir alguma coisa especificamente é fundamental
para mantermos o nosso equilíbrio psíquico em boa condição. Ou arriscamo-nos
a estar distraídos, com a TV aberta e apanhar com alguns dos incontáveis
comentadores do fenómeno do terrorismo islâmico dizer alarvidades em torrente.
Ainda agora tive de ouvir, sem querer e sem me precaver, mais um jornalista do Expresso
e um professor qualquer dizer as parvoíces do costume. Antes de desligar, ainda
ouvi o tal professor dizer que o ocidente está a pagar o preço de não ter
sabido integrar os emigrantes. Chiça, que é demais. Não há resistência para semelhante
cretinismo. Par além do desrespeito absoluto destes intelectualóides pelas vítimas
de toda esta tragédia.
Nota: Mudei de estação e acabei agora de ouvir que os
quatro invasores da pista do aeroporto da Portela são argelinos. Certamente
gente que não foi bem integrada e que, segundo as notícias que estão a ser
dadas, saíram do avião da TAP proveniente de Argel e fugiram pista fora porque não
queriam passar na emigração. Eles lá saberão porquê. Entretanto, mais um
comentador vai dizendo, a talhe de foice, que lá por serem argelinos não temos
que começar já a pensar tratar-se de terroristas. Temos que ter cuidado em não generalizar.
E acrescentou que Trump está a agravar o clima de medo. E que há cristãos que
estão a organizar-se para uma guerra com o Islão. Que há emigrantes integrados,
como o mayor de Londres. Que a radicalização é feita em jovens sem emprego ou que
andam pelos cafés de Bruxelas. E que o recrudescimento dos ataques terroristas
não tem nada a ver (ia jurar que o homem disse não tem “nada a haver”, mas não
garanto…) com a onda migratória de 2015… juro, eu ouvi tudo isto assim, quase
de seguida e sem anestesia. E é isto.
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Etiquetas: Ai Portugal, cretinismo militante, terrorismo
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