sábado, julho 16, 2016

United idiotic will always be patriotic





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Acordei, vim ao laptop e choquei com a defesa encarniçada do assassino que se entreteve a matar gente em Nice com o camião. Do que li, a «técnica» era apurada e em estrita concordância com os ditames da animalidade islâmica que quer acabar com os infiéis que vieram ao mundo para chatear o profeta.

A defesa vem da esquerda superior (isto da estrutura moral é um bocadinho como o futebol antigo, peão, superior e bancada, o peão para a Direita bronca e reaccionária, a superior para a Esquerda diligente que escreve em blogues e a bancada para a Esquerda no poder) que se permite até comparar a acção de Mohamed (sim, parece que o camionista se chamava Mohamed) com torcionários da direita extrema. O que é uma comparação que faz todo o sentido. Porque Mohamed precisava de ajuda, coitado. E não a obteve. Ao que parece, tinha família, emprego e vivia num país onde podia fazer o que lhe apetecia. Mas o homem tinha “issues”. Batia na mulher, tinha uns quantos probleminhas com a polícia e ninguém se lhe veio ao caminho oara o auxiliar.

Cá para mim a culpa é da Europa, do Bush, Barroso, Aznar, da chuva ácida, do deboche capitalista, do Goldman Sachs e da guetazição destes infelizes que se cansam das moscas de África e vêm para o fresquinho asseado europeu. Ah! E do Passos Coelho, Cavaco e Relvas, já me ia passando. As louras decotadas também podem ter a sua culpa. Mas culpa a sério tiveram aqueles que não se aperceberam que o homem precisava era de apoio psicológico. Vejam lá que ele até batia na mulher o que é um claro indício de que precisava de ser ajudado. Quem sabe a mulher até merecia uns estalos aqui e ali. E mais. Não era como aquele bandidote de extrema direita, o Breivik... O que vale é que o Papa anda muito calado, um dia destes sua Santidade vem pôr os pontos nos ii.

E, entretanto, a Esquerda superior vai-se confortando e ocupando o tempo à procura de criminosos de estrema direita para provar que este é um caso bem diferente, o que devia, indubitavelmente, envergonhar os europeus. Que se esquecem que há assassinos maus e assassinos bons.


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