Pacheco já cansa...
Francisco Assis é socialista, assume-o com frontalidade e dá
a cara pelas suas convicções. E foi assim que, perante uma plateia hostil, se
revelou um homem de coragem e, sobretudo, fiel aos mais elementares princípios da
ética e da dignidade. Sem rodriguinhos, disse ao que ia, disse o que pensava
sobre a geringonça, num português elegante e escorreito e esta atitude granjeou-lhe
um capital de simpatia e respeito considerável. Capital que Pacheco Pereira não
tem. Nem conseguirá ter. Mais ou menos encapotado na sua auréola de intelectual, cavalga a sua obra sobre Cunhal e mantém o registo de um programa de opinião e debate
onde é apaparicado.
Pacheco Pereira sabe (não é estúpido) que o convite que lhe
fizeram para ir ao Congresso do PS não era inocente e só isso deveria ter sido
o suficiente para o ter declinado. Prestou-se a uma gerinconcice sem préstimo e
poderia e deveria ter apurado o verbo para se juntar aos seus companheiros de
Partido e dizer o que acha que deve dizer. Ou pode sempre deixar o Partido e
fazer-se sócio de uma agremiação qualquer que lhe agrade. Preferiu ir tagarelar
com Ana Drago e emitir as vacuidades do costume que lhe toleram na Quadratura.
Assis merece ser celebrado, Pacheco Pereira merece o vitupério
a que ele próprio se prestou.
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Etiquetas: Congresso do PS, Pacheco Pereira, ressabiamentos
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