Vergonha
Acabei de presenciar a mais lamentável evidência de que A.
Costa não reúne quaisquer condições para o lugar que ocupa. Eu sei que ele é
primeiro-ministro por acidente, ainda que digam ter sido um acidente legítimo,
mas quem negar que esta criatura tomou o lugar de assalto, ao arrepio das mais
elementares regras da ética, está certamente distraído.
Não conheço o Governador do Banco de Portugal, nem sequer
tenho formação para aquilatar da sua bondade para o lugar que ocupa. Mas a
forma como Costa se refere a ele publicamente revela uma total ausência de institucionalidade
e de sentido de Estado. Costa não tem o direito de emporcalhar as instituições
em nome da parola intenção de se mostrar defensor dos direitos dos lesados do
BES. Para além do que projecta uma imagem para o exterior que não só não nos
abona como prejudica gravemente a nossa situação.
António Costa envergonha-me.
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Etiquetas: antónio costa, socialismos
1 Comments:
O cargo de Governador do Banco de Portugal não é um cargo de confiança política, e que os seus detentores não podem ser afastados excepto se o fizerem voluntariamente ou se tiverem cometido um crime ou outra conduta de gravidade extrema: o cargo tem esse estatuto para que os seus detentores possam ter um certo grau de independência em relação aos vários governos, e não sejam meros funcionários do poder do momento. Ao ter feito as declarações que fez, e ao estarem a pressionar o Governador do Banco de Portugal a demitir-se, António Costa e o “Governo da iniciativa do PS” estão, para todos os efeitos práticos, a transformar o cargo de Governador do Banco de Portugal num cargo de confiança política: a partir de agora, qualquer Governador fica a saber que, se pelas melhores ou piores razões, desagradar ao Governo da altura, o Primeiro-Ministro da ocasião vem para as televisões criticá-lo e assim retirar-lhe todas as condições para continuar a desempenhar o seu mandato. Ou seja, a partir de agora, qualquer Governador do Banco de Portugal terá de andar em cima de cascas de ovos com qualquer governo para ter a certeza de que não é demitido, transformando-se assim num simples Ministro ou Director-Geral, perdendo toda e qualquer independência que restasse à função.
Por muita razão que António Costa tenha em porventura achar que Carlos Costa não tem condições para desempenhar o cargo, a pressão que está a fazer para que ele demita apenas garante que, no futuro, nenhum outro Governador do Banco de Portugal poderá sequer sonhar tê-las.
Bruno Alves, blog Insurgente
http://oinsurgente.org/2016/02/19/uma-grande-asneira/
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