Consensos sem senso (nem vergonha)
Vale a pena ver esta entrevista com o vice presidente do
PSD, José Matos Correia e Vera Jardim do PS.
Por razões picarescas a comunicação social disseminou a
ideia de que António Costa tinha um fortíssimo poder negocial mercê da sua
especial visão para os consensos. Eis que agora se insiste na ideia do
interesse nacional como uma ponderosa razão para o PSD se sensibilizar à
sugestão de consensos com o PS gerada por António Costa. Este desdobra-se em
afirmações sobre a necessidade de consenso, mesmo respeitando «o luto da Direita
e sugerindo que ela saia do casulo». Ou seja, de uma penada, a crise é como que
lançada para os braços da Direita que se
encasulou e ainda não cumpriu o seu período de nojo e, assim sendo, se o orçamento não for aprovado a culpa é da Direita.
A comunicação social, tal como se nota nesta entrevista acha
que em nome do interesse nacional deveria haver consenso e dizem isto com um ar
de que a não haver consenso a culpa é do PSD. Não é. O PSD promoveu um vasto
campo de cooperação durante o período eleitoral. Costa, transviado pela ideia
do Poder e por umas quantas costelas de esquerda que lhe ficaram de pequenino,
não só o rejeitou como se referiu a essa rejeição com desplante, arrogância e
evidente má-criação.
Acho assim que o interesse nacional esteja exactamente na liminar
rejeição de qualquer consenso com esta gente e aguardar os acontecimentos. Nem
Costa merece crédito nem os seus comparsas nos merecem qualquer tipo de confiança,
do ponto de vista de interesse nacional.
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Etiquetas: antónio costa, consensos, crise
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