O grilo falante da moda
Palavra de honra que até acho graça à mocinha. Palminho de
cara, expressão fácil e rápido raciocínio. Tem lá a cartilha encastoada, seja
pela UCI do ISCTE seja pela herança genética, se bem que em nenhum dos casos se
lhe deva assacar responsabilidades. Ninguém escolhe os pais e fica por explicar
quem decidiu matriculá-la e escolher-lhe a carreira.
Mas a irritação não me vem propriamente dela. Vem do facto (e
desmintam-me…) de que cada vez que chove, faz sol, arrefece à noite ou a
coligação faz qualquer coisa que a CS acha risível e condenável, o que acontece
mais ou menos de meia em meia hora, tenham de ir perguntar a Mariana o que é
que ela acha. E a Mariana acha imenso. Arguta como é, já percebeu as forças dela
e as fraquezas desta plêiade de repórteres da desgraça que nos consomem o
quotidiano.
Hoje de manhã o tema era o PNR que, à semelhança do que aconteceu
em várias capitais europeias, resolveu manifestar-se em Lisboa contra a entrada
dos refugiados. Depois de vários comentários de escárnio sobre a manifestação
dos fassistas, xenófobos, racistas e toda aquela gente de mau hálito que pertence
ao PNR, a quem é que a comunicação social ia pedir opinião? Quem? Bingo. Ela, A
Mariana. Que debitou os chavões do costume e sossegou as nossas consciências.
Declaração de interesses: Não sou do PNR e é-me
rigorosamente indiferente o que pensam ou dizem. Reajo apenas a esta espécie de
grilo falante da consciência nacional a que a Mariana, para o bem ou para o mal
foi alcandorada.
Vou fazer um café, para me tirar o mau gosto da boca.
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Etiquetas: comunicação social, Mariana Mortágua
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