À portuguesa
Houve um tempo em que trabalhei para uma empresa suíça, representando-a num país africano. Daí resultavam viagens frequentes a países
africanos e asiáticos, pelo que sempre que o fazia pela primeira vez eu
consultava a embaixada suíça que, em poucas horas, me mandava abundante e precisa
informação sobre tudo o que eu precisava de saber e de observar antes de embarcar. Eficientes,
profissionais e com total respeito pelos interessados.
Por cá, É DIFERENTE. Uma filha e genro resolveram ir a S.
Tomé de férias. Consultaram o Portal das Comunidades Portuguesas do Ministério
dos Negócios Estrangeiros e guiaram-se pela informação produzida no «site»respectivo. E hoje de manhã, chegados ao check-in e a cerca de uma hora de
embarcarem é-lhes negado o embarque porque não tinham visto obtido previamente
ainda em Portugal.
De pouco valeu afirmar que a informação no «site» afirmava
CLARAMENTE que os vistos turísticos eram concedidos à chegada a S. Tomé. À boa maneira
portuguesa, a funcionária do balcão de check-in afirmou, com ar de quem diz
aquilo todos os dias, que ela sabia da informação do «site» e que em TODOS os voos
para S. Tomé havia casos semelhantes, pessoas que confiavam no «site» e ficavam
em terra.
É triste, é sintomático e a falta de rigor e de respeito pelos
cidadãos releva claramente desta forma de sermos e de estarmos. E isso explica
muita coisa. Não nos podemos queixar. A culpa é nossa.
Se este post ajudar nalguma coisa para possíveis viajantes
àquele país já não é mau de todo, não acredito que o conteúdo do «site» seja actualizado
nos tempos mais próximos. Provavelmente estarão ocupados a discutir as fotos
das mulheres de Obama e Machete e das respectivas toilettes em países árabes.
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Etiquetas: Ai Portugal, coisas tristes
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