sexta-feira, janeiro 30, 2015

Dialogar


[5225]

É por estas e por outras que um dia damos mesmo força e razão aos velhos aforismos «a brincar a brincar é que o macaco… à mãe» ou ainda dizer àquele que se baixou para apanhar uma moeda que deixara cair: «Foi assim que a Alemanha perdeu a guerra».

Eu por mim, pegava neste Cardeal Ravasi, juntava-lhe o Mário Soares e mais um punhado de «tudólogos» das nossas televisões a mandava-os todos para Mosul para utilizarem em livre arbítrio e convicção o nobre exercício do diálogo. A coisa teria várias vantagens. Para além de nos desampararem a loja com esta ideia mirífica do diálogo com criaturas que dialogam a tiro, decapitações, esclavagismo, violações e destruição e um ódio intestino aos vulgo ocidentais, podia ser que percebessem que não têm o direito de chatear as pessoas e, muito menos, de desrespeitar aqueles que, entretanto, vão levando uns tiros ou vão sendo separados da cabeça, em espectáculos de macabro histrionismo para a plateia de infiéis.

É. Ainda lhes pagava por cima. Mas que fossem todos. E dialogassem imenso. Até cansar. Com uma condição: quando voltassem (se voltassem) se dedicassem à pesca, jardinagem, olaria, tratamento de piscinas, cuidar de animais abandonados e outras actividade de reconhecida nobreza e inocuidade.

*
*

Etiquetas: , ,