Aquilo azedou. Definitivamente.
Se bem me lembro, a Quadratura do Círculo de ontem começou
com uma questão muito concreta, qual seja a afirmação de António Costa sobre o aumento
de riqueza preconizado pelo edil. O comentário dado a Pacheco Pereira, em
poucos segundos, repito, segundos, passou para mais uma violenta tareia no governo
e no PSD e não mais se falou na patética afirmação de Costa, por via da qual ele
acha que resolve os nossos problemas produzindo riqueza. Depois de cerca de 14 minutos (!!!!!) de tareia no governo, o comentário passou para Lobo Xavier.
Este, bem intencionado, tentou trazer à liça a célebre carta do Governo à «troika»,
pedra angular de uma série de diatribes de Costa e Pacheco no último programa.
E digo tentou, porque…não foi capaz. Pacheco Pereira interrompia a cada cinco
segundos (nervoso por se ver ali denunciado) e «encavalitou-se» mesmo em Lobo
Xavier, num estilo e num modo que só os socialistas empedernidos conseguem
adoptar. A partir daí o tema foi a carta e não mais se falou na alquimia de
António Costa, como constava da agenda. Pelo meio ouvi os mais díspares disparates
e a mais preconceituosa moderação de Carlos Andrade.
Há já algum tempo que deixei pura e simplesmente de ouvir os
«desvairos» de Marques Lopes, Daniel Oliveira, Clara Ferreira Alves e a retórica
titubeante e apologética do Luís Pedro Nunes, quanto mais não fosse por uma
questão de higiene. Mas tenho continuado a assistir à Quadratura. Pouco tempo faltará,
porém, para a descontinuar dos meus momentos televisivos. É pena porque sempre
achei que tanto Pacheco Pereira como Lobo Xavier (não direi o mesmo de António
Costa por, claramente, destoar do restante painel) têm uma envergadura cultural
e política que nenhum dos comentadores «axiais» tem. Mas tornou-se óbvio que Pacheco
Pereira espuma, agora, de raiva, ele não contém o ódio e a amargura e a sua
hemoglobina transformou-se numa forma acabada de «mãe do vinagre». Costa não deslustra
da sua habitual irrelevância e Lobo Xavier vê-se em palpos de aranha para
aguentar aquilo tudo, enquanto a Carlos Andrade só lhe faltam as asas para ser
o serafim de serviço.
É demais. Chega de Quadratura.
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Etiquetas: coisas tristes, gente azeda, militância, Pacheco Pereira, Quadratura do Círculo
1 Comments:
Há muito que deixei de acompanhar este programa. Ressentimento, despeito e demagogia caldeada por alguns momentos lúcidos de ALX , também ele esmagado pela ferocidade do JPP , da inutilidade do Costa(dos Costassss...) e do moderador de pendência muito, mas muito pesada para a intangível esquerda...sempre correcta.Um asco!
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