domingo, junho 01, 2014

Mas as crianças, Senhor? Porque lhes dais tanta dor? Porque padecem assim?


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«…uma forma de radicalismo político autoritário nacionalista que ganhou destaque no início do século XX na Europa. Os fascistas procuravam unificar sua nação …a mobilização em massa da comunidade nacional…» o fascismo, pois claro.

No Público de hoje, uma senhora de nome Natália Faria, a propósito do dia mundial da criança, fez uma extensa reportagem, na qual entrevista muitas crianças entre os oito e os nove anos. Tive o cuidado de ler a reportagem toda e concluí que, de duas uma. Ou a criança portuguesa é o estereótipo acabado da criança-esponja, como na imagem, ou Natália Faria tem um dedo fascista para seleccionar os entrevistados. À pergunta «o que farias se mandasses neste país?» a repórter selecciona dezenas de opiniões, num trabalho que um chefe de propaganda de um país totalitário não faria melhor e deu relevo às seguintes que passo a enunciar sem mais comentários:

- Eu gosto de tudo no país, menos do governo;

- Se eu fosse primeiro-ministro inventava uma regra que era os patrões darem mais aos empregados;

- Quando nós já sabemos que nenhum dos governantes vai governar bem Portugal, não vale a pena ir votar porque eles vão continuar a fazer o mesmo;

- Quero ser polícia para prender as pessoas que se portam muito mal. Se calhar vou ter que prender os que estão no governo, também;

- Eu não quero emigrar porque gosto muito do meu país (este deve ouvir muito o Pedro Abrunhosa);

- O governo manda pagar menos aos empregados e mais aos que mandam nas empresas;

- Eu mandava destruir todos os carros e punha as pessoas a andar em carros eléctricos.


Há mais afirmações. Mas, repito. Não valem os comentários que suscitam.

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