segunda-feira, julho 08, 2013

Inércia em repouso


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Começa a ser difícil escapar a este fenómeno da física. Tenho andado um pouco ocupado, é verdade, mas isso não justifica tudo. É mesmo o esforço inicial necessário à quebra da inércia que tem feito falta.

A verdade é que a atmosfera não ajuda muito. Com tanta gente a falar de tanto, sobretudo na última semana, torna-se difícil dizer alguma coisa de jeito ou de novo. E eu confesso que ando um pouco cansado desta estrumeira espessa, onde todos nos rebolamos e todos nos realizamos fazendo o que sabemos fazer melhor. Dar palpites e refilarmos imenso sempre que o árbitro não marca a falta a nosso favor. É ver como os socialistas puros se zangaram imenso com o facto do governo não ter caído, enchendo o FB daquela sabedoria de esferovite em que todos parecem ser formados, mestrados e jubilados, como os outros (os da extrema…) amolaram bem o gume dos seus habituais insultos, como os intelectuais se zangaram tanto por causa das palmas a Passos Coelho (misturando tudo, como é de bom tom e de seu timbre, Passos Coelho com a missa Patriarcal).

Mesmo assim, esbocei um movimento para pôr qualquer coisa no blogue e dar-lhe um pouquinho de vida. Mas lá veio Mário Soares (eu andava até admirado…) chamar salta-pocinhas a Portas (não que ele não salte...) e tive aquela sensação frustre duma erecção interrompida com alguém a bater à porta que me arredou do computador.

Mas vou tentar melhorar. Afinal, há muita coisa por aí a servir de mola de inspiração. Ou de cão para o fulminante. E artífices da palavra que nos despertam do torpor e nos faz apetecer dizer qualquer coisa a propósito de. A ver vamos.
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