sábado, junho 29, 2013

A camaleónica leveza de sermos. Ou de como os povos atrasados continuam a ter eleitorado de dois dígitos em Partidos não democráticos


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Um excelente trabalho do José no Porta da Loja revela a génese das gentes que comandaram e decidiram sobre o futuro dos portugueses, no período crítico da década de setenta. Valor acrescentado, porque não se limita a pura retórica, inclui documentos, fotos, excertos de artigos e muito outro material (de salientar a longa lista de «fassistas» presos arbitrariamente, com Artur Agostinho à cabeça) que a curta e estouvada memória dos portugueses convenientemente esbate.

É necessário ler estas coisas por quem sabe explicar e, mais importante, por quem tem meios suficientes para demonstrar o que escreve. Da mesma maneira, recordar que temos dois Partidos na Assembleia que só existem porque vivem, de facto, num regime democrático que eles, já agora, se esforçaram por destruir, ao mesmo tempo que reduziram a cacos a economia. Avulso, tropeça-se com mais individualidades que tiveram a subtileza e a habilidade de ziquezaguear pelos pingos da chuva da altura sem se molhar e que, mais tarde, se dedicaram a fazer opinião e, em alguns casos, a atingir cargos de relevo, incluindo o da Presidência da República. As mesmas que, com a sua superior luminosidade intelectual, conferida e reiterada pelo «socialismo democrático», continuam a acomodar e incensar o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda, os dois Partidos que nos «consomem» um tempo precioso com as suas permanentes diatribes e a que a Comunicação Social acha imensa graça.
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