Massa falida
A Quadratura do Círculo está a tornar-se mais do mesmo da
SIC, uma estação que começa a roçar a náusea. Mas registo uma brisa de bom
senso, quando Daniel Bessa apresentou considerandos estimáveis sobre o conceito
em que tem as greves, mais uma forma de dirimir conflitos laborais do que
instrumentos de objectivos políticos. Mais adiante, referindo-se ao governo,
achou que este era, no fundo, um administrador de massa falida e como tal
deveria ser levado em conta.
Pacheco Pereira, com a sua recente compleição e António
Costa, com a sua habitual inocuidade, «cilindraram» Daniel Bessa (termo do
próprio) com uma argumentação estafada e repulsiva. O primeiro porque tinha
obrigação de ser mais isento e objectivo, em vez de se perder em labirínticas
vias de ódio pessoal. O último… já nem me lembro, tal o vazio do que diz na sua
perpétua defesa do governo anterior e ataque ao governo que está.
Uma coisa, porém, ressalta. Neste programa, como na quase
totalidade dos programas de análise política. Pegando no termo massa falida, o
que repugna é a forma como toda a gente fala como se este governo, o que
governa a massa falida, fosse o grande responsável pela angustiosa situação em
que nos encontramos. O que ninguém parece lembrar-se, ou deliberadamente
escamoteia, é quem é que faliu o país. E não se trata de ir buscar erros do
passado, trata-se de «ordenar» um pouco as ideias para que, de preferência,
nunca mais se deixe que um grupo de arrivistas ambiciosos, incompetentes e
corruptos, mesmo que bonzinhos, o volte a fazer.
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Etiquetas: Ai Portugal, comunicação social
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