quinta-feira, junho 27, 2013

De volta. Coisas más e coisas boas



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Nunca estive dezasseis dias sem escrever um post. «Inho» que fosse. Mas desta vez deu-me para aqui. Algumas vezes me sentei para escrever uma linha mas havia sempre uma força estranha a encarreirar-me para as teclas do costume. O que já cansa. Cedo, quiçá por preguiça, e faço uma súmula dos assuntos que mais me sensibilizaram, para o bem e para o mal, desde que saí da«oficina».

PATETICE.- A patetice é um fenómeno. Não é propriamente uma substância. Mas existe. Tal como a sarna, a caspa ou o pé-de-atleta. A diferença é que se para os últimos podemos usar um acaricida, um champô ou um fungicida, já a patetice não tem tratamento possível. A solução é ignorá-la, ao contrário do que faz a generalidade da nossa comunicação social que, pateticamente, dá guarida às patetices diárias de Mário Soares. As enormidades que produziu sobre Dilma e o Brasil ultrapassam tudo o que a paciência à patetice pode comportar.

SINDICATOS.- Alguém se lembrou de questionar quanto é que nos custam os sindicatos. Caiu o Carmo, a Trindade e deve ter caído mais coisas a gente que eu até leio com prazer e regularidade como Vasco Pulido Valente, que aproveitou para dar uma sova à rapaziada das «jotas». Melhor, aos «jotas» do PSD, já que bater no PSD é o desporto nacional corrente. Por entre tanta gente escandalizada fiquei, porém, por saber quando é que nos custa ter MILHARES de sindicalistas a viver do erário público. A isso parece-me que ninguém respondeu cabalmente. Apenas se zangaram imenso, não percebi foi bem porquê.

BRASIL.- É fácil escalpelizar agora a bolha que rebentou no Brasil. Difícil era fazê-lo antes, quando muita gente de boa fé atingia o Nirvana com Lula, Dilma e correlativos. Uma vez mais, para esta ínclitas criaturas, se estabeleceu uma raia bem nítida entre os corruptos maus, os «fassistas» de direita, e os corruptos bonzinhos, aqueles que se abotoam com umas massas mas são muito bons para os pobrezinhos e se interessam imenso pelo povo. Muito se escreveu sobre os acontecimentos no Brasil, curiosamente a esquerda inteligente «martelo-pilão» do FB não se manifestou muito. Por mim, esta crónica do FJV diz tudo. E bem.

PROFESSORES.- Tenho tantos amigos e familiares professores que me arrisco a levar um estalo. Mas não há como aceitar esta cada vez mais na mesma situação em que os nossos professores se mantêm, no quentinho e na zona de conforto, como se a nobreza da sua missão fosse diferente de outras profissões e merecesse, por isso, tratamento especial. Não é aceitável. O cume da repugnância, na parte que me toca, foi o boicote aos exames, sem qualquer respeito por alunos que para eles estudaram e se prepararam. A outra parte repulsiva é a facilidade com que a maioria (ao que parece) da classe se encosta a um comunistóide encartado (toda a diferença para um comunista convicto), com o ego do tamanho de um mamute da Sibéria e se entregue aos desígnios de gente como Mário Nogueira. Uma parte final, de preocupação, é a de que com professores assim, não sei que «tipo» de jovens «fabricamos» para entrarem nas universidades. Mas isso não se deve só aos professores obtusos que insistimos em ter e pagar.

SPORTING.- Estou mais animado. E mais não digo.

COISAS BOAS. – Sem dúvida o facto de eu poder voltar a correr, caminhar e entregar-me a esforços vários sem ter uma manápula a apertar-me o gasganete e a espetar-me um escopro nas artérias coronárias. Fica aqui uma palavra encomiástica para o nível de competência e humanismo do corpo médico e de enfermagem do Hospital de Santa Marta. A segunda coisa boa foi a estrondosa vitória de Michelle Larcher de Brito ontem, em Wimbledon, batendo a excelente russa. A menininha vive nos USA, mas tem raízes na A. do Sul (apesar de ter nascido em Lisboa) e tem um ADN da antiga Nova Lisboa. Por isso me deu uma particular alegria, a genica e a técnica daquela miúda. Quanto aos gritinhos… bom… cada qual grita pelo que gosta. E, vistas bem as coisas, tanto guinchava ela como a Maria!


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