De volta. Coisas más e coisas boas
[4915]
Nunca estive dezasseis dias sem escrever um post. «Inho» que
fosse. Mas desta vez deu-me para aqui. Algumas vezes me sentei para escrever
uma linha mas havia sempre uma força estranha a encarreirar-me para as teclas
do costume. O que já cansa. Cedo, quiçá por preguiça, e faço uma súmula dos
assuntos que mais me sensibilizaram, para o bem e para o mal, desde que saí da«oficina».
PATETICE.- A patetice é um fenómeno. Não é propriamente uma
substância. Mas existe. Tal como a sarna, a caspa ou o pé-de-atleta. A
diferença é que se para os últimos podemos usar um acaricida, um champô ou um fungicida,
já a patetice não tem tratamento possível. A solução é ignorá-la, ao contrário
do que faz a generalidade da nossa comunicação social que, pateticamente, dá
guarida às patetices diárias de Mário Soares. As enormidades que produziu sobre
Dilma e o Brasil ultrapassam tudo o que a paciência à patetice pode comportar.
SINDICATOS.- Alguém se lembrou de questionar quanto é que
nos custam os sindicatos. Caiu o Carmo, a Trindade e deve ter caído mais coisas
a gente que eu até leio com prazer e regularidade como Vasco Pulido Valente,
que aproveitou para dar uma sova à rapaziada das «jotas». Melhor, aos «jotas»
do PSD, já que bater no PSD é o desporto nacional corrente. Por entre tanta
gente escandalizada fiquei, porém, por saber quando é que nos custa ter
MILHARES de sindicalistas a viver do erário público. A isso parece-me que ninguém
respondeu cabalmente. Apenas se zangaram imenso, não percebi foi bem porquê.
BRASIL.- É fácil escalpelizar agora a bolha que rebentou no
Brasil. Difícil era fazê-lo antes, quando muita gente de boa fé atingia o
Nirvana com Lula, Dilma e correlativos. Uma vez mais, para esta ínclitas
criaturas, se estabeleceu uma raia bem nítida entre os corruptos maus, os
«fassistas» de direita, e os corruptos bonzinhos, aqueles que se abotoam com
umas massas mas são muito bons para os pobrezinhos e se interessam imenso pelo
povo. Muito se escreveu sobre os acontecimentos no Brasil, curiosamente a
esquerda inteligente «martelo-pilão» do FB não se manifestou muito. Por mim,
esta crónica do FJV diz tudo. E bem.
PROFESSORES.- Tenho tantos amigos e familiares professores
que me arrisco a levar um estalo. Mas não há como aceitar esta cada vez mais na
mesma situação em que os nossos professores se mantêm, no quentinho e na zona
de conforto, como se a nobreza da sua missão fosse diferente de outras
profissões e merecesse, por isso, tratamento especial. Não é aceitável. O cume
da repugnância, na parte que me toca, foi o boicote aos exames, sem qualquer
respeito por alunos que para eles estudaram e se prepararam. A outra parte
repulsiva é a facilidade com que a maioria (ao que parece) da classe se encosta
a um comunistóide encartado (toda a diferença para um comunista convicto), com
o ego do tamanho de um mamute da Sibéria e se entregue aos desígnios de gente
como Mário Nogueira. Uma parte final, de preocupação, é a de que com
professores assim, não sei que «tipo» de jovens «fabricamos» para entrarem nas
universidades. Mas isso não se deve só aos professores obtusos que insistimos
em ter e pagar.
SPORTING.- Estou mais animado. E mais não digo.
COISAS BOAS. – Sem dúvida o facto de eu poder voltar a
correr, caminhar e entregar-me a esforços vários sem ter uma manápula a
apertar-me o gasganete e a espetar-me um escopro nas artérias coronárias. Fica
aqui uma palavra encomiástica para o nível de competência e humanismo do corpo
médico e de enfermagem do Hospital de Santa Marta. A segunda coisa boa foi a
estrondosa vitória de Michelle Larcher de Brito ontem, em Wimbledon, batendo a
excelente russa. A menininha vive nos USA, mas tem raízes na A. do Sul (apesar
de ter nascido em Lisboa) e tem um ADN da antiga Nova Lisboa. Por isso me deu
uma particular alegria, a genica e a técnica daquela miúda. Quanto aos
gritinhos… bom… cada qual grita pelo que gosta. E, vistas bem as coisas, tanto
guinchava ela como a Maria!
.
Etiquetas: coisas boas, coisas más
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home