Ó da guarda!
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Quando amanhã for multado, forçado a qualquer contingência motivada por ordem pública ou, nunca se sabe, preso (já duas vezes fui detido por engano, se bem que uma delas tenha sido num país estrangeiro), ou me aparecer um polícia à porta a notificar-me porque não paguei não sei quantas unidades de conta porque a minha filha menor um dia foi agredida no metropolitano e um ano depois me obrigaram a ir à polícia tomar conhecimento de que as diligências da Polícia tinham sido infrutíferas (e eu não fui), vou recordar-me de que qualquer destes agentes da Autoridade que referi pertencem a uma corporação que ainda vem para a rua berrar pela manutenção de benefícios concedidos, para o efeito vestindo camisetas com o «Che» estampado, empunhando cartazes revolucionários e entoando afinados coros chamando gatunos ao governo e berrando (é o termo) «a luta continua».
Alguém devia dizer a estes polícias que se quiserem berrar pelo «Che» ou chamar gatunos ao governo ou usar estribilhos muito em uso na repartição de países retrógrados e repressivos (que é por esses países e nesses países que a luta continua) deviam procurar emprego. Fazer pela vida. Trabalhar por conta de outrem. Registar-se nas finanças como trabalhadores independentes. Emigrar. Fazer pela vida, como disse no início. E perceber que a Polícia é uma instituição necessária à hierarquia normal de um Estado de Direito onde os deveres e direitos de um cidadão são salvaguardados, respeitados, garantidos e implementados. A Polícia não é uma fábrica de têxteis, de calçado ou montagem de automóveis. É uma instituição que merece o respeito de todos nós e que, como tal, se deve fazer respeitar. Eu sei que atravessámos momentos em que gente a puxar para o estranho esteve à frente das polícias, lembro-me de um socialista Costa, Alberto, se bem me lembro, que achava que as polícias deveriam ser mesmo do tipo de continuarem a luta e que chegou a dizer que a nossa polícia não era a polícia dele. O Costa era um fulano baixote, barba de três dias (e com aquele tipo de voz que nos faz imaginar que tem uma escarreta teimosa na laringe para cima e para baixo à medida que fala e nos dava vontade de dizer «ó homem, tuuuuuussa»), que não gostava das polícias que tinha («aquela» não era «a sua polícia», dizia ele, modernaço, progressista correcto e com a escarreta para cima e para baixo...) e que achava que os polícias deviam ter sindicatos, estampar o «che» nas camisetas e manifestar-se imenso nas ruas. Entretanto o Costa reciclou-se, acalmou e hoje não se sabe bem dele. Estará algures «por aí», como muitos se mantêm, com o socialismo no armário. Deve estar agora satisfeito por ver a bagunça destes polícias «indignados», «guevaristas» e malcriados que ontem foram «estrilhar» para a rua.
Uma tristeza. E, verdadeiramente, tudo a conjugar-se para que reflictamos sobre que fdp de país estamos a deixar aos nossos filhos e netos.
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Quando amanhã for multado, forçado a qualquer contingência motivada por ordem pública ou, nunca se sabe, preso (já duas vezes fui detido por engano, se bem que uma delas tenha sido num país estrangeiro), ou me aparecer um polícia à porta a notificar-me porque não paguei não sei quantas unidades de conta porque a minha filha menor um dia foi agredida no metropolitano e um ano depois me obrigaram a ir à polícia tomar conhecimento de que as diligências da Polícia tinham sido infrutíferas (e eu não fui), vou recordar-me de que qualquer destes agentes da Autoridade que referi pertencem a uma corporação que ainda vem para a rua berrar pela manutenção de benefícios concedidos, para o efeito vestindo camisetas com o «Che» estampado, empunhando cartazes revolucionários e entoando afinados coros chamando gatunos ao governo e berrando (é o termo) «a luta continua».
Alguém devia dizer a estes polícias que se quiserem berrar pelo «Che» ou chamar gatunos ao governo ou usar estribilhos muito em uso na repartição de países retrógrados e repressivos (que é por esses países e nesses países que a luta continua) deviam procurar emprego. Fazer pela vida. Trabalhar por conta de outrem. Registar-se nas finanças como trabalhadores independentes. Emigrar. Fazer pela vida, como disse no início. E perceber que a Polícia é uma instituição necessária à hierarquia normal de um Estado de Direito onde os deveres e direitos de um cidadão são salvaguardados, respeitados, garantidos e implementados. A Polícia não é uma fábrica de têxteis, de calçado ou montagem de automóveis. É uma instituição que merece o respeito de todos nós e que, como tal, se deve fazer respeitar. Eu sei que atravessámos momentos em que gente a puxar para o estranho esteve à frente das polícias, lembro-me de um socialista Costa, Alberto, se bem me lembro, que achava que as polícias deveriam ser mesmo do tipo de continuarem a luta e que chegou a dizer que a nossa polícia não era a polícia dele. O Costa era um fulano baixote, barba de três dias (e com aquele tipo de voz que nos faz imaginar que tem uma escarreta teimosa na laringe para cima e para baixo à medida que fala e nos dava vontade de dizer «ó homem, tuuuuuussa»), que não gostava das polícias que tinha («aquela» não era «a sua polícia», dizia ele, modernaço, progressista correcto e com a escarreta para cima e para baixo...) e que achava que os polícias deviam ter sindicatos, estampar o «che» nas camisetas e manifestar-se imenso nas ruas. Entretanto o Costa reciclou-se, acalmou e hoje não se sabe bem dele. Estará algures «por aí», como muitos se mantêm, com o socialismo no armário. Deve estar agora satisfeito por ver a bagunça destes polícias «indignados», «guevaristas» e malcriados que ontem foram «estrilhar» para a rua.
Uma tristeza. E, verdadeiramente, tudo a conjugar-se para que reflictamos sobre que fdp de país estamos a deixar aos nossos filhos e netos.
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Etiquetas: Ai Portugal, polícias e ladrões, política
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