Irene, preguicento, sofreu um embaraçoso «downgrading»
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A minha boa amiga Cláudia reside em NY e publicou uma «comprehensive» série de fotos, a maioria das quais revelando o sentido profilático que os americanos têm a mania de ter. O «Irene» passou pela cidade, esmoreceu (vá-se lá saber se foi pelas medidas preventivas dos seus habitantes) e seguiu viagem. Para desgraça da nossa comunicação pessoal que nos bombardeou com a tragédia que ia acontecer mas não aconteceu. Para isso entrevistavam diariamente portuguesas de Newark e Jersey, sabendo-se como as portuguesas são especialistas da desgraça e antecipadas carpideiras por tudo o que de mal vem ao mundo. Os géneros iam faltar, já havia prateleiras vazias, não havia pilhas (imagine-se) e receava-se o pior com as inundações que aí vinham. Os americanos chamam àquilo (como é Vánessa, first aid kits, isn’t it?…) «first aid kits» que, entretanto, acabaram e restava esperar pelo dilúvio, armagedão, fim do mundo em cuecas que, finalmente, acabou por passar um bocadinho ao lado.
Em qualquer dos casos havia Obama. Ele esteve atento e ia avisando as pessoas. Fosse Bush e a esta hora estaríamos a contar mortos e feridos.
Para nossa vergonha, há que referir com toda a frontalidade (que nem o Baptista Bastos) que já vi efeitos bem piores na 24 de Julho, avenida de Ceuta e em Sacavém com uma pífia meia hora de chuva. Mas aí, claro, a culpa é «deles».
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A minha boa amiga Cláudia reside em NY e publicou uma «comprehensive» série de fotos, a maioria das quais revelando o sentido profilático que os americanos têm a mania de ter. O «Irene» passou pela cidade, esmoreceu (vá-se lá saber se foi pelas medidas preventivas dos seus habitantes) e seguiu viagem. Para desgraça da nossa comunicação pessoal que nos bombardeou com a tragédia que ia acontecer mas não aconteceu. Para isso entrevistavam diariamente portuguesas de Newark e Jersey, sabendo-se como as portuguesas são especialistas da desgraça e antecipadas carpideiras por tudo o que de mal vem ao mundo. Os géneros iam faltar, já havia prateleiras vazias, não havia pilhas (imagine-se) e receava-se o pior com as inundações que aí vinham. Os americanos chamam àquilo (como é Vánessa, first aid kits, isn’t it?…) «first aid kits» que, entretanto, acabaram e restava esperar pelo dilúvio, armagedão, fim do mundo em cuecas que, finalmente, acabou por passar um bocadinho ao lado.
Em qualquer dos casos havia Obama. Ele esteve atento e ia avisando as pessoas. Fosse Bush e a esta hora estaríamos a contar mortos e feridos.
Para nossa vergonha, há que referir com toda a frontalidade (que nem o Baptista Bastos) que já vi efeitos bem piores na 24 de Julho, avenida de Ceuta e em Sacavém com uma pífia meia hora de chuva. Mas aí, claro, a culpa é «deles».
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Etiquetas: calamidades, comunicação social, USA
3 Comments:
:)
... foi um hurricane/downgraded to tropical storm/downgraded to rain drizzle/downgraded to Sunday as usual!
Este comentário foi removido pelo autor.
Sinapse
Nada que eu não suspeitasse :)))) Bastou-me ouvir um par de vezes a nossa comunicação social para perceber qual iria ser o tom daí para a frente. Sabes que a nossa rapaziada aqui gosta de sangue e o mínimo que se esperava era que uma dúzia de arranha-céus se desmoronasse e depois há aquela maneira muito nossa de relatar as desgraças na América como se os americanos tivessem culpa, acho que sabes ao que me refiro. Afinal parece que só se esgotaram as pilhas e os first aid kits :))))
Vivi com angústia a tua carência de cafeína, quando viste o starbucks fechado!
Hope you had a Sunday as usual!
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