Queixam-se de quê?
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A esquerda educada (aquela que já não grita «a luta continua» mas que acha que nasceu com o desígnio claro de tomar conta de todos nós para que façamos tudo como deve ser) anda num frenesi assinalável por força do recente aumento dos transportes. Não lhe ocorre que foram as políticas de esquerda, estatizantes e premiando o sistema de colocar gestores à frente de empresas estatais, ou com participação estatal, cujos méritos têm mais a ver com o seu proselitismo do que com a sua própria competência e aquela pulsão irreprimível de trazer o rebanho contente com medidas sociais que «alguém havia de pagar», o principal culpado por as empresas de transportes apresentarem défices de milhares de milhões (repito, milhares de milhões) de Euros. Ou talvez ocorra. Mas não desperdiçariam jamais a oportunidade de vituperar o governo por esta emergente medida de terem de aumentar os transportes geralmente em 15%.
Já a esquerda trauliteira vai bolsando a espuma do costume, fala em roubo, extorsão, opressão e outras acções semelhantes, coisa de que os trauliteiros, de resto, têm uma experiência assinalável. Roubar, extorquir e oprimir são coisas em que a esquerda trauliteira é formada, mestrada e doutorada.
Resta o «povo». Aquele que, sim, carrega o fardo de ter de esportular mais 15% do seu rendimento para se poder deslocar. Sobretudo numa região como a grande Lisboa, em que foi ensinado a ir viver para os dormitórios limítrofes e ser obrigado a usar transportes todos os dias, enquanto milhares de casas no centro de Lisboa se encontram devolutas. Para estas pessoas vai toda a minha simpatia. Mas, igualmente, o voto de que despertem. E desconfiem, sempre que apareçam almas caridosas a prometer este mundo e o outro, práticas dos governos socialistas de má memória e, sobretudo, que não pactuem na condescendência e bonomia concedidas (e consubstanciadas no voto), quando for patente a existência de práticas que em qualquer caso nos deveria merecer repulsa e, mormente, quando decorrentes de um governo da República. Refiro-me concretamente ao governo de Sócrates que apesar da visibilidade de muitos casos lamentáveis e reprováveis mereceu, mesmo assim, uma nova vitória nas urnas.
Estes 15% de aumento dos transportes devem-se exactamente a essas práticas e à condescendência do povo que, hoje, se confronta com mais esta séria dificuldade. E muitas mais estarão para vir.
Quando o aparelho socialista arregimentava garotelhos venais a ganhar €2 Mio em empresas estatais para promoverem pequenos-almoços com futebolistas e prometia o «estado social», estava a cavar ainda mais fundo os 15% que estamos a pagar agora de aumento de transportes (não há pequenos-almoços grátis…). Não temos do que nos queixar.
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A esquerda educada (aquela que já não grita «a luta continua» mas que acha que nasceu com o desígnio claro de tomar conta de todos nós para que façamos tudo como deve ser) anda num frenesi assinalável por força do recente aumento dos transportes. Não lhe ocorre que foram as políticas de esquerda, estatizantes e premiando o sistema de colocar gestores à frente de empresas estatais, ou com participação estatal, cujos méritos têm mais a ver com o seu proselitismo do que com a sua própria competência e aquela pulsão irreprimível de trazer o rebanho contente com medidas sociais que «alguém havia de pagar», o principal culpado por as empresas de transportes apresentarem défices de milhares de milhões (repito, milhares de milhões) de Euros. Ou talvez ocorra. Mas não desperdiçariam jamais a oportunidade de vituperar o governo por esta emergente medida de terem de aumentar os transportes geralmente em 15%.
Já a esquerda trauliteira vai bolsando a espuma do costume, fala em roubo, extorsão, opressão e outras acções semelhantes, coisa de que os trauliteiros, de resto, têm uma experiência assinalável. Roubar, extorquir e oprimir são coisas em que a esquerda trauliteira é formada, mestrada e doutorada.
Resta o «povo». Aquele que, sim, carrega o fardo de ter de esportular mais 15% do seu rendimento para se poder deslocar. Sobretudo numa região como a grande Lisboa, em que foi ensinado a ir viver para os dormitórios limítrofes e ser obrigado a usar transportes todos os dias, enquanto milhares de casas no centro de Lisboa se encontram devolutas. Para estas pessoas vai toda a minha simpatia. Mas, igualmente, o voto de que despertem. E desconfiem, sempre que apareçam almas caridosas a prometer este mundo e o outro, práticas dos governos socialistas de má memória e, sobretudo, que não pactuem na condescendência e bonomia concedidas (e consubstanciadas no voto), quando for patente a existência de práticas que em qualquer caso nos deveria merecer repulsa e, mormente, quando decorrentes de um governo da República. Refiro-me concretamente ao governo de Sócrates que apesar da visibilidade de muitos casos lamentáveis e reprováveis mereceu, mesmo assim, uma nova vitória nas urnas.
Estes 15% de aumento dos transportes devem-se exactamente a essas práticas e à condescendência do povo que, hoje, se confronta com mais esta séria dificuldade. E muitas mais estarão para vir.
Quando o aparelho socialista arregimentava garotelhos venais a ganhar €2 Mio em empresas estatais para promoverem pequenos-almoços com futebolistas e prometia o «estado social», estava a cavar ainda mais fundo os 15% que estamos a pagar agora de aumento de transportes (não há pequenos-almoços grátis…). Não temos do que nos queixar.
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Etiquetas: custo de vida, política, socialismos
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