quarta-feira, julho 20, 2011

Falando ainda de gravatas





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Ao longo da minha carreira profissional fui submetido a um número incontável de cursos de treino adequados às funções que fui exercendo. No capítulo da gestão de pessoas (recursos humanos), um dos mais importantes factores de sucesso de qualquer empresa reside na preocupação permanente em trazer as pessoas satisfeitas. Para isso contribuiriam diversas alíneas. Desde o nível salarial até ao conforto do ambiente de trabalho. O ar condicionado teve um papel muito importante neste desiderato, mantendo as pessoas frescas, activas, confortáveis, logo mais aptas aos desejáveis níveis de produção. Até em Portugal, onde subsistem conflitos estranhos enraizados nos seus cidadãos, como sejam o ar condicionado (porque tem muitos ácaros), o gelo e a água gelada que fazem muito mal á garganta (ainda hoje são inúmeros os restaurantes que nos servem dois ou três cubinhos de gelo semi-derretidos e de arestas boleadas, uma reacção mecânica ao conceito de que o gelo faz mal às amígdalas, esófago e piloro) e as correntes de ar, o ar condicionado acabou por ir alastrando a sua área de influência e os locais de trabalho foram-se tornando mais aprazíveis. Apesar dos esforços recorrentes dos cidadãos em geral que pedem para desligar os aparelhos de ar condicionado dos restaurantes e dos cinemas, e dos ministros em particular que fizeram umas contas de cabeça e acharam que vão poupar uns tostões não ligando o ar condicionado. Mesmo que os funcionários passem a andar suados, incomodados, com as camisas manchadas nas axilas e, de um modo geral, a cheirar a azedo. E sem vontade de trabalhar, naturalmente.
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1 Comments:

At 11:02 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

antes do 25 de bril ninguém usava ar condicionado. A maioria das pessoas nem sabia o que isso era. Agora é fino não passar sem ele!

 

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