segunda-feira, março 14, 2011

A rataria


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Há quem lhe chame turning pont. Que use a erudição como forma de anunciar que está na hora de correr ao convés.

É assim a rataria. Diligente, astuta e, por definição, roedora. Rói o que lhe dão, rói o que lhe passa ao lado, rói a paciência a um santo com a lógica da argúcia e da desvergonha e tem uma particular capacidade de perceber quando o barco vai a pique.

São conhecidos já do tempo das caravelas carregadas de pimenta indiana e de ouro brasileiro. Cresceram e multiplicaram-se, seguindo a lei de Deus. Os ratos. Ainda cá andam. Têm agora a vantagem de, ao abandonar o navio, não terem à espera o oceano. Com sorte encontram outro navio. Onde diligentemente tentarão acomodar-se e dar início a um novo ciclo. Que por alguma razão a sabedoria do povo diz, com frequência, «esperto que nem um rato».

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4 Comments:

At 10:36 da manhã, Blogger Pedro Barbosa Pinto disse...

Há ainda aquele pormenor do cartoon - os baús que os ratos transportam -, que ilustra bem a notícia de hoje relativa à esposa do Excelentíssimo Rat... Ministro da Justiça!

 
At 10:45 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

os xuxas cansaram-se de falar. Estão calados... que nem ratos :)

 
At 3:45 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Pedro Barbosa Pinto

Nem de propósito, não foi? :))

 
At 8:33 da tarde, Blogger Luísa A. disse...

Que notícia, Pedro?

 

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