O discurso? Só pode ter sido bom, com certeza
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São absolutamente lamentáveis e desprezíveis as reacções de destacados membros do Partido Socialista ao discurso de Cavaco Silva. Lacão, Assis, Ana Gomes e aquela personagem circense dos Açores, entre outros, empertigaram-se e bolsaram uma série de dislates.
Alguém devia explicar a esta rapaziada que o Partido Socialista no todo e algumas personagens em particular são a parte importante da alhada em que estamos, pela liminar razão de que foram eles que nela nos meteram. Toda a dialéctica à volta do assunto não minora as fantasias do TGV, do aeroporto, dos 150.000 empregos, de um primeiro-ministro em permanente colisão com a justiça e as peripécias decorrentes desse desiderato (a última é esta cena macaca, ridícula, da verba do telemóvel retirada ao juiz do «Face Oculta», ser juiz em Portugal começa a ser perigoso…), o compadrio pestilento instalado em instituições e empresas públicas, a incultura, a incompetência, a má-criação de Sócrates, o mau perder generalizado de um Partido que se tem entretido em fazer em fanicos cada medida que, aqui e ali, ia demonstrando consistência, no sentido de não perder influência nem benefícios (verdadeiramente, o único campo em que este Partido se mostrou competente), a «tripa-forra» das despesas públicas, os malabarismos partidários em favor de personagens bem definidas (Sampaio e a dissolução do governo de Santana Lopes em timing oportuno), o desprestígio internacional, enfim, uma galeria de horrores que as pessoas parecem esquecer no espírito da bonomia geral reinante, com a ajuda de uma comunicação social cúmplice (vá-se lá perceber porquê…), fervilhando de comentadores, comentaristas, paineleiros, especialistas, politólogos, sociólogos, resistentes ao fascismo, economistas, todos puxando para o mesmo lado e um estranho ódio a Cavaco como denominador comum.
São absolutamente lamentáveis e desprezíveis as reacções de destacados membros do Partido Socialista ao discurso de Cavaco Silva. Lacão, Assis, Ana Gomes e aquela personagem circense dos Açores, entre outros, empertigaram-se e bolsaram uma série de dislates.
Alguém devia explicar a esta rapaziada que o Partido Socialista no todo e algumas personagens em particular são a parte importante da alhada em que estamos, pela liminar razão de que foram eles que nela nos meteram. Toda a dialéctica à volta do assunto não minora as fantasias do TGV, do aeroporto, dos 150.000 empregos, de um primeiro-ministro em permanente colisão com a justiça e as peripécias decorrentes desse desiderato (a última é esta cena macaca, ridícula, da verba do telemóvel retirada ao juiz do «Face Oculta», ser juiz em Portugal começa a ser perigoso…), o compadrio pestilento instalado em instituições e empresas públicas, a incultura, a incompetência, a má-criação de Sócrates, o mau perder generalizado de um Partido que se tem entretido em fazer em fanicos cada medida que, aqui e ali, ia demonstrando consistência, no sentido de não perder influência nem benefícios (verdadeiramente, o único campo em que este Partido se mostrou competente), a «tripa-forra» das despesas públicas, os malabarismos partidários em favor de personagens bem definidas (Sampaio e a dissolução do governo de Santana Lopes em timing oportuno), o desprestígio internacional, enfim, uma galeria de horrores que as pessoas parecem esquecer no espírito da bonomia geral reinante, com a ajuda de uma comunicação social cúmplice (vá-se lá perceber porquê…), fervilhando de comentadores, comentaristas, paineleiros, especialistas, politólogos, sociólogos, resistentes ao fascismo, economistas, todos puxando para o mesmo lado e um estranho ódio a Cavaco como denominador comum.
Se mais não houvesse no discurso de Cavaco Silva (não ouvi e ainda não consegui ler todo), as reacções que me chegaram, vindas de quem vêm, chegam para eu desde já e incondicionalmente, o achar óptimo.
Adenda: A propósito de Sócrates achar que está sozinho no combate à crise:
Sozinho? Só se for no chuveiro… pelo Paulo Gorjão
Adenda: A propósito de Sócrates achar que está sozinho no combate à crise:
Sozinho? Só se for no chuveiro… pelo Paulo Gorjão
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Etiquetas: Ai Portugal, socialismos, Tomada de posse de Cavaco Silva
11 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
PS não gostou mas os patetas militantes gostaram.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=13730
Que dilema..
Imaginem só este cenário! A moção do BE é chumbada hoje. No dia seguinte, e devido às críticas de Cavaco Silva, Sócrates demite-se ( seguindo a opinião de Ana Gomes). Está criada uma crise, causada por Cavaco Silva. Sócrates apresenta-se a eleições como sendo uma vítima da Direita. Resultado: PSD +PP não têm votos suficientes para formar governo e o PS dá a volta por cima. A ver vamos!!
Cavaco veio ajeitar a palha onde a direita se vai rebolando.
Blá,blá,afinal duas gordas parcelas que estão pesando no défice,foram criadas pela direita dos negócios manhosos.
Os sbmarinos,e o roubo ao BPN pelo bando laranja.
Agora vêm clamar contra o TGV,(á falta de melhor,quando o projecto é financiado em boa parte pela UE,e cria postos de trabalho,quando os submarinos não o fizeram,assim como a rapinagem do BPN.
Tudo serve á direita para abanar o espantalho,agora usa uma atitude levada a cabo por um juíz,cuja seriedade ainda está por provar,veio num jornal,serve para achincalhar? Então vamos nessa!
Para Cavaco e para a direita só lhes resta uma coisa,assumir aquilo que dizem,livrem-se deste governo.
Ou o fazem já ou calem-se,parecem as carpideiras!!!
poolshark
Um dilema... concordo :)
Vítor Correia de Azevedo
como urdidura política não estaria mal. Mas Sócrates, não cai daí abaixo :))
daniel tecelão
Prezado comentador. É difícil responder a comentários vindos de quem parece não fazer a mínima ideia do que diz. Repare:
1 - Cavaco ajeitar a palha etc., etc.. : Cavaco é um homem sério, um homem decente e não ajeita palhas. A sua afirmação é um chavão recorrente em gente de argumentário escasso e com espírito de claque futebolística;
1 - submarinos: Realmente você está a milhas dos factos e parece não estar intressado em se aculturar. Bastaria ler jornais para saber de onde veio a ideia dos submarinos. Quer que lhe dê o telemóvel de António Guterres?
3 - BPN O BPN é um caso de polícia e como tal está a ser tratado. Ao contrário da montanha russa em que o PS tem estado envolvido e, pela primeira vez, com uma vergonhosa pressão sobre a magistratura. Também aqui lhe bastaria ler jornais. Talvez assim moderasse a sua linguagem quando tivesse que chamar bando a alguém;
4 - TGV Nem dá para comentar. Realmente o Daniel está a anos-luz da realidade. Ainda vai no capítulo da criação de emprego... :)
5 - juiz cuja seriedade está por provar Esta é de cabo de esquadra. O homem descobre-se, acusa o que tem a acusar, assina por baixo e tem que provar... a seriedade. O Daniel sabe que processos é que este juiz tem em mãos?
Meu caro, o meu blog é livre para você comentar o que quiser, desde que não insulte. Mas confesso que a elegância que prezo em manter em responder a toda a gente, no seu caso me está a dar muito trabalho. Pela simples razão de que fico na dúvida sobre se o Daniel sabe do que está a falar ou se é daqueles que vão para os recintos desportivos apenas para gritar «fora o árbitro»...
Não deixe que lhe conspurquem a caixa de comentários do blogue!
Esse tecelão é um velho poluidor da blogosfera, cheio de ódios e lugares-comuns, que só por acaso ainda não se finou ao morder a própria língua.
Alves de Pina
Se ele é venenoso não sei. Mas que é chato e zangado com a vida, é...
Nelson, Cavaco Silva merece a minha simpatia porque é um «selfmade man» honesto (de uma honestidade um tanto formal, mas antes essa do que nenhuma). Mas tenho algumas reservas quanto ao seu comportamento no primeiro mandato, de que esperava muito mais. Enfim, já se sabe que, nos primeiros mandatos, todos os PR’s batem bolinha baixa, não há nada a fazer. Resta-nos esperar que, neste segundo mandato, Cavaco Silva contribua realmente para pôr ordem na casa.
Luísa
O meu post centrava-se basicamente na reacção de alguns socialistas ao que Cavaco disse do que em Cavaco directamente. Curiosamente os comentários apontam exactamente no último sentido :)))
It goes without saying que, de resto, até concordo na essência com o que a Luísa diz!
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