E os pilotos (de aeronaves)
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Ainda a propósito de "workóchatos", não posso deixar de recordar uma casta… bem chata. O piloto de aeronaves. Tenho mil histórias de pilotos, até porque tenho dois na família, tenho, pois, matéria, para fazer mil posts. Mas isso seria por si, tão chato como o workóchato. Mas como vem a propósito do post anterior, não posso deixar de referir o bom posicionamento do piloto de aeronaves (piloto de aeronaves, este "aeronaves" é importante, não vá dar-se o caso de os confundirmos com pilotos da barra, pilotos de automóveis, episódios piloto e outros pilotagens que há por aí desde que o termo se trivializou). Refiro, por exemplo, o que é almoçar com um piloto, acabamos por entra num diálogo deste género:
- Então a sopa está boa?
- Sim… e é nessa altura que me surge uma formação de cúmulo nimbos pela frente, uma formação bem maciça que me fez pensar naquela vez que…
- Sim, mas a sopa está óptima. O que é que pediste? O bife ou o arroz de pato?
- Patos? Não… eram cabritos, era uma pista no mato, uma pista que servia uns campos de algodão e quando aponto o nariz à pista vejo as vacas a pastar e tive de fazer um “rase mote” para elas se afastarem…
- Ok pá, olha eu vou antes no bife, não aprecio muito pato…
- Claro que usei os “flaps” no máximo, sou piloto de linha, sabes, tinha ali ido só para fazer um favor a um amigo e estava já destreinado de avionetes… mas com os “flaps” a fundo fiz o “rase mote” mas, a meio, achei que ainda dava para aterrar, fiz-me então à pista…
- Olha chegou o pato. Por caso está com bom aspecto.
- E não é que de repente vejo que já não tenho metros? Solução? “Borregar”. “Borregar”, claro, porque no fim da pista aquilo estava já cheio de “bissapas” e além de que o avião era um Cessna e os Cessnas precisam de mais pista, sobretudo se a temperatura do motor…
- Mas olha que o meu bife está apetitoso também, espero que esteja tenro…
- Já uma vez, mas isso em avião comercial da TAP, faço-me à pista no Rio de Janeiro e a pista ao fundo tens uns cabos eléctricos que…
- E sobremesa, apetece?
- O que vale é que já fiz muitos voos para o Rio e…
Aí uma pessoa entra em “veril” (não sei bem o que é “veril” nem se a grafia está correcta, mas parece que tem alguma coisa com um avião “entrar em parafuso”) e entra, claramente “em perda”. Só há que me “ejectar” da conversa ou deixar-me arrastar pelas intermináveis histórias de um piloto de aeronaves. Para não fazer o post longo e me tornar eu próprio um “blogochato”, omiti as vezes em que o “comandante” , com um ar misto de mecenas e de quem acabou de ganhar um concurso de beleza, fala na vezes em que oferece um "upgrade" a um amigo, familiar, protoadmiradore(a)s e veneradores fãs do transporte aéreo. E ainda falam das histórias dos pescadores…
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Etiquetas: workóchatos
5 Comments:
:)
Os "apaixonados" não conseguem calar os seus sentimentos!!!
Os pescadores...
Os pilotos de Rallys
os jogadores de ténis
Tudo boa gente cheia de histórias...:))
Há quem faça "up grades" e há os que o são. Você caro Espumante pertence ao segundo grupo...um genial "comandante":))) de histórias!*
papoila
Mas há os que abusam, papoila. Sobretudo os que engatam a falar e deixam de ouvir os interlocutores. :))
Dulce Braga
Já vossemecê (vulgata para a expressão ante-acordo ortográfica de Vossa Mercê e que os irmãos brasileiros adoptaram como a expressão eleita para tutearem «todo o mundo»)é uma comandante na arte da interpretação, caldeando a elegância e a ironia sem precisar de upgrade nenhum. Vossemecê, tal como o «Moçambique» do Tudela, tem a «graça e o tique» de em duas palavras, com um sorriso a meio, dizer aquilo que outros, em condições normais, precisariam de uma página sem parágrafos e com muitos parêntesis à mistura para expressar.
Um genial comandante de histórias terá sempre o seu génio limitado se a sua história não for ouvida e interpretada por um genial intérprete. Mesmo, ou sobretudo, quando essa genialidade exige argúcia e uma refinada dose de humor.
Disse.
:))
***
Tens razão Nelson, esqueci-me dos abusadores!...e eles são muiiiitos!!!!!
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