A ópera bufa
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Bufa, bufa não terá sido o caso, pelo menos no conceito da designação que os italianos dão às óperas cómicas. Mas bufa foi, no sentido de que há gente que não resiste ao apelo do longo e conhecido historial dos portugueses, tendencialmente mesquinhos, consabidamente bufos. Daí que Fernanda Câncio faz aqui uma resenha aprimorada e bufa, bufa imenso sobre as
A Fernanda não consegue entender (ou consegue, mas não lhe dá jeito...) que há gente que pelo facto de não alinhar no folclore e na pornografia da esquerda elegante não significa que se identifique com as barbaridades de costumes bárbaros de culturas bárbaras, coisas com que, de resto, a "gauche caviar" (termo feliz da Helena Matos) não poucas vezes tolera quando lhe dá jeito. Sobretudo há gente que sabe que nessas manifestações há muitas ”Fernandas” de caderninho de apontamentos em riste para tomar nota de quem vai, quem não vai e quem devia ter ido. É uma coisa que cheira declaradamente a licença de isqueiro, ao cinzento dos uniformes dos contínuos das faculdades e à presença intolerável (é que não há mesmo pachorra…) desta gente iluminada que acha que toda a gente deve pensar como ela. O chamado “pensar como deve ser”. Além de que, depois, ter de aturar esta gente a bufar é, acima do mais, um espectáculo que carece evidentemente de uma sempre desejável componente estética.
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Etiquetas: esquerda elegante, manifestação
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