A «romaria» da esquerda
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O editorial do Público de hoje (sem link) é um hino ao progressismo rançoso, pontilhado de socialismo politicamente correcto. Para isso aproveita o tremendo problema com que alguns países europeus se têm de defrontar no manejo de problemas sociais gravíssimos ocasionados pelos chamados ciganos e que hoje, como que por milagre, toda a gente aprendeu a designar generalizadamente por roma. Insistindo na velha tecla de que as grandes questões sociais são geradas por governos xenófobos, sobretudo quando necessitam de desviar as atenções do povo papalvo (para a esquerda o povo, em nome do qual sempre fala, é papalvo) nas épocas de grande crises. E então aparecem os agitadores que despertam fantasmas, acendem os rastilhos e celebram o triunfo sobre as cinzas da violência.
O simplismo e despudor com que o autor do editorial (sem link) trata assuntos de transcendente importância como o da integração social de várias etnias e culturas, recorrendo aos chavões do costume próprios de quem nada mais tem ou sabe dizer que aquilo que se diz aos costumes é de arrepiar. É, sobretudo, de reverberar e apontar como uma das causas maiores do tremendo desequilíbrio social que ainda hoje se vive em várias partes do Globo. Houvesse a coragem de encarar estes problemas com sentido de responsabilidade não cedendo á tentação de resvalar para esta patacoada corrente do bla-bla-bla politicamente correcto e, ao invés, obrigasse as minorias a uma integração plena na observância dos seus direitos e deveres numa sociedade organizada e o mundo seria, possivelmente, outro.
E nós portugueses somos exímios em radiografar estas questões sempre que elas se situam além fronteiras. Porque quando elas nos batem à porta, é como a fervura do leite. A espuma vem por ali cima e quando acudimos já é tarde. O que é, no mínimo, uma atitude covarde e, simultaneamente, estouvada e presunçosa. Esta «fórmula do carburex» (quem se lembra do saudoso Cantinflas e do seu «carburex»?) é óptima para escrever editoriais janotas no Público. Só me admira como não tem funcionado para os problemas que temos cá em casa, que nem uma descolonização capaz soubemos fazer. Com dignidade e, sobretudo, com respeito pelos que morreram e pelos que, ficando vivos, tiveram de arrostar com as consequências da nossa vergonhosa e criminosa actuação.
Esta gente não presta. Não, não me reformo aos roma. Refiro-me às cabecinhas bem pensantes que acham que a pensar bem é que é pensar «como deve ser».
O editorial do Público de hoje (sem link) é um hino ao progressismo rançoso, pontilhado de socialismo politicamente correcto. Para isso aproveita o tremendo problema com que alguns países europeus se têm de defrontar no manejo de problemas sociais gravíssimos ocasionados pelos chamados ciganos e que hoje, como que por milagre, toda a gente aprendeu a designar generalizadamente por roma. Insistindo na velha tecla de que as grandes questões sociais são geradas por governos xenófobos, sobretudo quando necessitam de desviar as atenções do povo papalvo (para a esquerda o povo, em nome do qual sempre fala, é papalvo) nas épocas de grande crises. E então aparecem os agitadores que despertam fantasmas, acendem os rastilhos e celebram o triunfo sobre as cinzas da violência.
O simplismo e despudor com que o autor do editorial (sem link) trata assuntos de transcendente importância como o da integração social de várias etnias e culturas, recorrendo aos chavões do costume próprios de quem nada mais tem ou sabe dizer que aquilo que se diz aos costumes é de arrepiar. É, sobretudo, de reverberar e apontar como uma das causas maiores do tremendo desequilíbrio social que ainda hoje se vive em várias partes do Globo. Houvesse a coragem de encarar estes problemas com sentido de responsabilidade não cedendo á tentação de resvalar para esta patacoada corrente do bla-bla-bla politicamente correcto e, ao invés, obrigasse as minorias a uma integração plena na observância dos seus direitos e deveres numa sociedade organizada e o mundo seria, possivelmente, outro.
E nós portugueses somos exímios em radiografar estas questões sempre que elas se situam além fronteiras. Porque quando elas nos batem à porta, é como a fervura do leite. A espuma vem por ali cima e quando acudimos já é tarde. O que é, no mínimo, uma atitude covarde e, simultaneamente, estouvada e presunçosa. Esta «fórmula do carburex» (quem se lembra do saudoso Cantinflas e do seu «carburex»?) é óptima para escrever editoriais janotas no Público. Só me admira como não tem funcionado para os problemas que temos cá em casa, que nem uma descolonização capaz soubemos fazer. Com dignidade e, sobretudo, com respeito pelos que morreram e pelos que, ficando vivos, tiveram de arrostar com as consequências da nossa vergonhosa e criminosa actuação.
Esta gente não presta. Não, não me reformo aos roma. Refiro-me às cabecinhas bem pensantes que acham que a pensar bem é que é pensar «como deve ser».
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Etiquetas: esquerda elegante
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