Garantia de emprego?
[2997]
Ainda voltando aos professores, alguém lhe terá ocorrido explicar aos professores que a escola não existe para lhes dar emprego mas para ensinar e formar as nossas crianças? O emprego é, apenas, um degrau na escala dos valores do ensino e haverá tanto mais emprego para professores quanto mais forem os alunos a ser ensinados e formados. Alguém se terá lembrado, alguma vez, que a relação entre o número de professores e as necessidades da escola deverá obedecer aos mecanismos normais que funcionam para qualquer outra profissão e que uma licenciatura não é uma garantia de emprego? Sobretudo de emprego para a vida?
Infelizmente, muitos deles terão essa convicção. O que está errado mas, sobretudo, mostra um trágico desfasamento da realidade. Desfasamento que poderá ter sido induzido pela fortíssima carga ideológica dos seus sindicatos mas, que diabo, já vai sendo tempo para os professores perceberem e mudarem o paradigma da sua percepção sobre a sociedade.
Ainda voltando aos professores, alguém lhe terá ocorrido explicar aos professores que a escola não existe para lhes dar emprego mas para ensinar e formar as nossas crianças? O emprego é, apenas, um degrau na escala dos valores do ensino e haverá tanto mais emprego para professores quanto mais forem os alunos a ser ensinados e formados. Alguém se terá lembrado, alguma vez, que a relação entre o número de professores e as necessidades da escola deverá obedecer aos mecanismos normais que funcionam para qualquer outra profissão e que uma licenciatura não é uma garantia de emprego? Sobretudo de emprego para a vida?
Infelizmente, muitos deles terão essa convicção. O que está errado mas, sobretudo, mostra um trágico desfasamento da realidade. Desfasamento que poderá ter sido induzido pela fortíssima carga ideológica dos seus sindicatos mas, que diabo, já vai sendo tempo para os professores perceberem e mudarem o paradigma da sua percepção sobre a sociedade.
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Etiquetas: mudar o paradigma, professores
4 Comments:
Aquilo que escreve é válido para toda a gente ou só para os professores? Se a resolução da crise implica diminuição de direitos de trabalho e extinção do direito de reinvincação por parte dos trabalhadores, então vamos assumi-lo. Quiçá a solução para a crise esteja numa nova forma de totalitarismo; despedimentos livres para todos, extinção de sindicatos (que são corporativos) e diminuição de salários para quem ganha mais(?).Sendo o crescimento económico baseado no consumo crescente, como se pode consumir sem salário e sem segurança no futuro? Isto não é mais do que demagogia barata e hipócrita. Os hipócritas precisam de bodes expiatórios e calhou aos professores, vítimas, tal como os alunos, de sucessivas reformas sem sentido, postas em prática de há trinta anos para cá!"Aprende-se hoje como se aprendia há 30 anos atrás";isto é válido para os filhos das elites que frequentam as boas escolas privadas. Nas públicas não se aprende nada, nem se ensina nada, porque se instituiu de forma camuflada que a escola não pode ter autoridade e quem manda nela são os alunos e os pais. E o resto é treta, para enganar pacóvios que engrossarão as filas do desemprego amanhã!
anónimo
Em respostas sucintas:
1) - Claro que é para toda a gente, porque haveria de ser só para professores?
2) - Em nenhuma altura do post eu advogo diminuição de direitos de trabalho e, muito menos, extinção do direito de reivindicação por parte dos trabalhadores. Aliás é um direito constitucional. Aconselho-o/a a ler melhor o post.
3) - Passo adiante nas considerações que faz sobre novas formas de totalitarismo, despedimentos livres, extinção de sindicatos e diminuição de salários. Não são comentários sérios nem consistentes com a natureza do post.
4) - Os filhos das elites que frequentam as boas escolas privadas são uns privilegiados. Resta saber se a culpa é dos pais deles que têm dinheiro ou de quem faz má a escola pública...
5) - Quem achar que quem deve mandar nas escolas são os alunos e os pais tem, certamente, uma visão distorcida do problema. É evidente que quem deve mandar na Escola é o director. O curioso é que são muitos professores de hoje que ontem, no período da excitação revolucionária, advogaram isso mesmo (entenda-se alunos e pais a mandar na escola).
Quando se fala sobre algum assunto deve-se conhecê-lo sob pena de se dizer uma série de barbaridades. Não me parece ser o seu caso. Pergunte, informe-se primeiro,tenha a humildade de ouvir e ler quem trabalha no ramo. E não ofenda uma classe que é fundamental na sociedade.
anónimo
Sempre me causou alguma irritação quando em face da escassez de argumentos me dizem que não conheço bem o problema e, pior, acham que ofendo. Pergunta: Como é que o anónimo sabe que eu não conheço o problema? Não estou a dizer que conheço ou desconheço, estou apenas a perguntar-lhe como é que sabe que desconheço? E depois... ofendi quem? A classe dos professores? Aonde? De que forma?
Chegados ao habitual chavão de que quem discute professores está a ofender a classe e não está por dentro dos problemas da mesma, resta apenas encerrar o assunto. Consigo, entenda-se.
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