Rebu(o)liços
[2990]
"Uma mulher de rabo reboliço foi ao Corte Inglês e provocou grande rebuliço".
Ora aqui está uma frase que eu não supunha ser capaz de escrever sem apanhar com erro de computador no "reboliço" ou no "rebuliço". Afinal é possível. Cada um na sua digna função, estes vocábulos têm significado próprio e significante adequado ao que se passar no Corte Inglês, se uma mulher de rabo reboliço causar, etc., etc. Duas mulheres de rabo reboliço, então, podem fazer perigar todo um programa de ensino de português que prezo desde pequenino e, no caso vertente, desde que comecei a reparar que há rabos reboliços. Muito antes de haver Corte Inglês, está bem de ver.
Pois a RTP ensinou-me hoje que os dois vocábulos existem e eu, aqui onde me vêem, curvo-me perante mais este exemplo de serviço público da estação estatal. Apesar de tudo, receio que não tenha seleccionado bem o exemplo acima porque, salvo melhor opinião:
- As mulheres de rabo reboliço não vão ao Corte Inglês. São mais Colombo.
- Cada vez é mais improvável haver rebuliço por mor de rabos reboliços. Não porque não haja rabos reboliços, que os há, alguns mesmo de uma rebolição exagerada, mas porque o rebuliço por causa do reboliço dos rabos está cada vez mais arredado das realidades de um novo tecido urbano, onde cabem diferentes tendências e sensibilidades. Um rabo reboliço já não rebule por aí além muito homem que eu conheço, que há uns anos atrás "rebuliciariam" (quiçá matariam) desesperadamente por um rabo reboliço q.b. E repare-se que digo q.b., nem precisaria de ser um daqueles rabos que "rebolem" na cadência de cada passo das suas reboliças donas.
Posto isto e sem reboliço que me afecte o rebuliço que me vai na alma pela matéria reboliça em causa, vou trabalhar. Leia-se, vou para o rebuliço do meu trabalho, e aqui gostariam que eu dissesse se por lá há reboliço que "rebula" alguma coisa que se veja. Obviamente, não digo. Que eu nestas coisas, sou comedido (cumedido? Fico a aguardar nova rubrica da RTP), muito respeitador, venerador e obrigado, a minha política é o trabalho, serviço é serviço e reboliço é reboliço.
E peço desculpa pela expressão pires deste post, mas sem ser o rebuliço do reboliço a única coisa que me vinha à ideia era a entrevista de ontem de Mário Soares (que entretanto já li toda) e por ali já não há rebuliço que se veja. E mesmo o reboliço, até as bochechas lhe estão a murchar…
"Uma mulher de rabo reboliço foi ao Corte Inglês e provocou grande rebuliço".
Ora aqui está uma frase que eu não supunha ser capaz de escrever sem apanhar com erro de computador no "reboliço" ou no "rebuliço". Afinal é possível. Cada um na sua digna função, estes vocábulos têm significado próprio e significante adequado ao que se passar no Corte Inglês, se uma mulher de rabo reboliço causar, etc., etc. Duas mulheres de rabo reboliço, então, podem fazer perigar todo um programa de ensino de português que prezo desde pequenino e, no caso vertente, desde que comecei a reparar que há rabos reboliços. Muito antes de haver Corte Inglês, está bem de ver.
Pois a RTP ensinou-me hoje que os dois vocábulos existem e eu, aqui onde me vêem, curvo-me perante mais este exemplo de serviço público da estação estatal. Apesar de tudo, receio que não tenha seleccionado bem o exemplo acima porque, salvo melhor opinião:
- As mulheres de rabo reboliço não vão ao Corte Inglês. São mais Colombo.
- Cada vez é mais improvável haver rebuliço por mor de rabos reboliços. Não porque não haja rabos reboliços, que os há, alguns mesmo de uma rebolição exagerada, mas porque o rebuliço por causa do reboliço dos rabos está cada vez mais arredado das realidades de um novo tecido urbano, onde cabem diferentes tendências e sensibilidades. Um rabo reboliço já não rebule por aí além muito homem que eu conheço, que há uns anos atrás "rebuliciariam" (quiçá matariam) desesperadamente por um rabo reboliço q.b. E repare-se que digo q.b., nem precisaria de ser um daqueles rabos que "rebolem" na cadência de cada passo das suas reboliças donas.
Posto isto e sem reboliço que me afecte o rebuliço que me vai na alma pela matéria reboliça em causa, vou trabalhar. Leia-se, vou para o rebuliço do meu trabalho, e aqui gostariam que eu dissesse se por lá há reboliço que "rebula" alguma coisa que se veja. Obviamente, não digo. Que eu nestas coisas, sou comedido (cumedido? Fico a aguardar nova rubrica da RTP), muito respeitador, venerador e obrigado, a minha política é o trabalho, serviço é serviço e reboliço é reboliço.
E peço desculpa pela expressão pires deste post, mas sem ser o rebuliço do reboliço a única coisa que me vinha à ideia era a entrevista de ontem de Mário Soares (que entretanto já li toda) e por ali já não há rebuliço que se veja. E mesmo o reboliço, até as bochechas lhe estão a murchar…
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Etiquetas: Bom português, portugueses distraídos
3 Comments:
a foto é rebOliça q.b.
:D
Mas que belo rebuliço que para aqui vai, vizinho... :-)
Ana V.
Vai-se "rebuliçando" qualquer coisa :))))
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