sábado, novembro 15, 2008

O sufoco


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"Alguns traços: um poder tutorial (infantilizador, poder-se-ia acrescentar) e omnipresente, um poder tutelar “absoluto, detalhado, regular, previdente e doce”; paixão servil pelo funcionarismo público (o “desejo universal e imoderado das funções públicas”); glacial homogeneidade e indistinção de indivíduos paradoxalmente isolados uns dos outros, ao mesmo tempo semelhantes e reciprocamente surdos e indiferentes, numa similaridade incomunicante; imersão da sociedade numa mediocridade que tudo nivela; massificação (é, de facto, a palavra que convém) do gosto; tirania da opinião pública; criação de uma sensibilidade universal e untuosa, exprimindo um amor abstracto pela humanidade, um lirismo administrativo dos sentimentos.

Sócrates é o quase inocente agente de tudo isto. “Quase inocente” porque não percebe, de facto, o que se passa: seria pedir-lhe demais
."

Paulo Tunhas no Blogue Atlântico. Leia o post todo aqui. Negritos da minha responsabilidade.

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2 Comments:

At 12:11 da tarde, Blogger calamity jane disse...

... e será que não percebe mesmo?.. (ainda não li o texto todo)

Ia jurar que já tinha deixado aqui (no blog) um beijinho e um 'agradecimento' pelo miminho que deixaste lá no tasco. (Entre aspas porque os miminhos, tal como os votos de boa-sorte, não se agradecem, quanto a mim).

 
At 9:20 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

calamity jane

Não tens que agradecer. E concordo, os miminhos não se agradecem, Quem os faz é porque lhe apetece e quem os recebe, gosta. Não fica mais nada para dizer :))

 

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