Má educação
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A notícia é conhecida. A Ministra de Educação deslocou-se a Fafe e preparava-se para uma acção qualquer no âmbito das suas funções, acompanhada do Presidente da Câmara. À chegada à escola foi recebida por um grupo de cerca de duzentos professores e alunos que a invectivavam e acharam que a melhor maneira de o fazer seria sujeitá-la a uma chuva de ovos.
Nada disto seria tão grave se esse grupo não envolvesse alunos da própria escola, que alegremente atiravam os ovos, gritando impropérios. A ministra foi-se embora e a reportagem fez o que lhe competia. Entrevistou uma miúda, aluna, que berrou que se tivesse mais obos mais los atiraria e a professora, Maria do Céu de seu nome, estava escandalizadíssima com a GNR "que empurrou as crianças que estavam à minha beira que apenas se estavam a manifestar".
Não sei se algum professor se incomodou com esta cena edificante, se se preocupou em saber onde é que os alunos foram arranjar os ovos, se alguém lhos deu e/ou quem estará por detrás desta educativa e cívica atitude. O mínimo que se esperaria era que alguém explicasse à criancinhas que o gesto delas foi pura arruaça e as exprobrasse nos seus propósitos. O máximo, mas talvez seja pedir muito, seria esperar que alguém entendesse e condenasse vivamente o episódio e pensasse que de duas uma: Ou a arruaça é a forma que os alunos absorvem de tudo o que têm visto nas manifestações de professores ou, pior ainda, que alguém anda a usar as crianças para o combate político, organizando-as e mentalizando-as e fornecendo os meios de combate (neste caso, entenda-se ovos). Ou, num sentido mais lato, se tudo isto não passa de pura má educação.
A notícia é conhecida. A Ministra de Educação deslocou-se a Fafe e preparava-se para uma acção qualquer no âmbito das suas funções, acompanhada do Presidente da Câmara. À chegada à escola foi recebida por um grupo de cerca de duzentos professores e alunos que a invectivavam e acharam que a melhor maneira de o fazer seria sujeitá-la a uma chuva de ovos.
Nada disto seria tão grave se esse grupo não envolvesse alunos da própria escola, que alegremente atiravam os ovos, gritando impropérios. A ministra foi-se embora e a reportagem fez o que lhe competia. Entrevistou uma miúda, aluna, que berrou que se tivesse mais obos mais los atiraria e a professora, Maria do Céu de seu nome, estava escandalizadíssima com a GNR "que empurrou as crianças que estavam à minha beira que apenas se estavam a manifestar".
Não sei se algum professor se incomodou com esta cena edificante, se se preocupou em saber onde é que os alunos foram arranjar os ovos, se alguém lhos deu e/ou quem estará por detrás desta educativa e cívica atitude. O mínimo que se esperaria era que alguém explicasse à criancinhas que o gesto delas foi pura arruaça e as exprobrasse nos seus propósitos. O máximo, mas talvez seja pedir muito, seria esperar que alguém entendesse e condenasse vivamente o episódio e pensasse que de duas uma: Ou a arruaça é a forma que os alunos absorvem de tudo o que têm visto nas manifestações de professores ou, pior ainda, que alguém anda a usar as crianças para o combate político, organizando-as e mentalizando-as e fornecendo os meios de combate (neste caso, entenda-se ovos). Ou, num sentido mais lato, se tudo isto não passa de pura má educação.
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Etiquetas: Ai Portugal, educação
2 Comments:
Como a ministra não consegue fazer a 'omelette', pelos vistos os professores e as criancinhas estão a tentar enviar-lhe os ovos...
A educação (ou falta dela) no seu melhor.
teófilo m.
Em circunstância alguma se poderá ou deverá incentivar crianças a este tipo de atitude. Pelo contrário, educação é incutir nelas, desde muito novos, civismo e respeito.
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