Esta forma estranha de ser
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Os episódios recentes dos assaltos a esquadras de polícia parecem configurar a passagem de um fenómeno a que normalmente se chama insegurança para aquilo que começa a adquirir contornos de verdadeira bandalheira. E a bandalheira releva desta forma única de sermos, desta maneira estranha que temos em existir, misturando coisas, ideias e vontades num caldo de liberdade que não sabemos sublimar, sem um módico mínimo de razoabilidade e respeito pela pessoa humana e pelos seus direitos e garantias. A bandalheira é, naturalmente, promovida pelos arautos da imbecilidade e do cretinismo quando dizem ou escrevem todas as enormidades a que vamos estando habituados, como uma rotina de vida. Desde incitamentos à violência e desobediência civil patrocinados por uma entidade política estranha e que dá pelo nome de Bloco de Esquerda até à forma truculenta e indecorosa como nos habituámos a reclamar, desde as entrevistas repisadas e diárias nas televisões fomentando a indignação dos cidadãos pelo fontenário que deixou de deitar água ou à vila que nunca mais passa a cidade até à recente manifestação de professores arrebanhados por um enquadramento político que vive disso mesmo, da instabilidade e do total desrespeito por normas e procedimentos, já que falar de boa educação é coisa que nem cabe já nesta reflexão.
Admiramo-nos, depois. Sobretudo quando episódios como o da invasão da esquadra de Moscavide acontecem. Mas depressa tudo passará ao esquecimento. Tal como as palavras desgarradas e patéticas do nosso ministro de Administração Interna que concluiu que (imagine-se) não é aconselhável haver esquadras só com um efectivo policial. E continuaremos alegremente a ser como somos. Porque sempre fomos assim. Há, apenas, uma diferença subtil. É que agora não estamos sozinhos. E breve poderá ser o dia em que já não estão para nos aturar.
Os episódios recentes dos assaltos a esquadras de polícia parecem configurar a passagem de um fenómeno a que normalmente se chama insegurança para aquilo que começa a adquirir contornos de verdadeira bandalheira. E a bandalheira releva desta forma única de sermos, desta maneira estranha que temos em existir, misturando coisas, ideias e vontades num caldo de liberdade que não sabemos sublimar, sem um módico mínimo de razoabilidade e respeito pela pessoa humana e pelos seus direitos e garantias. A bandalheira é, naturalmente, promovida pelos arautos da imbecilidade e do cretinismo quando dizem ou escrevem todas as enormidades a que vamos estando habituados, como uma rotina de vida. Desde incitamentos à violência e desobediência civil patrocinados por uma entidade política estranha e que dá pelo nome de Bloco de Esquerda até à forma truculenta e indecorosa como nos habituámos a reclamar, desde as entrevistas repisadas e diárias nas televisões fomentando a indignação dos cidadãos pelo fontenário que deixou de deitar água ou à vila que nunca mais passa a cidade até à recente manifestação de professores arrebanhados por um enquadramento político que vive disso mesmo, da instabilidade e do total desrespeito por normas e procedimentos, já que falar de boa educação é coisa que nem cabe já nesta reflexão.
Admiramo-nos, depois. Sobretudo quando episódios como o da invasão da esquadra de Moscavide acontecem. Mas depressa tudo passará ao esquecimento. Tal como as palavras desgarradas e patéticas do nosso ministro de Administração Interna que concluiu que (imagine-se) não é aconselhável haver esquadras só com um efectivo policial. E continuaremos alegremente a ser como somos. Porque sempre fomos assim. Há, apenas, uma diferença subtil. É que agora não estamos sozinhos. E breve poderá ser o dia em que já não estão para nos aturar.
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Etiquetas: Ai Portugal, me worry?
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