Punch bag
[2469]
Às vezes basta atravessar uma ponte e rumar a Lisboa para que, depois dos Carvalhos, passemos a malbaratar qualquer capital de entendimento que julguemos ter adquirido sobre a Invicta e idiossincrasia dos seus nativos. Pois, a não ser pelo afastamento geográfico e progressivo da Arrábida e do Campo Alegre, como perceber o azedume de ilustres portuenses dedicado a um homem que, ao que me apercebo, revela elevados níveis de seriedade e competência, mesmo que no seu percurso tenha afrontado descomplexadamente um dos maiores caciques locais, Pinto da Costa de seu nome, e o respectivo clube que dirige?
Julgo ser demasiadamente simplista se pensar que esse azedume se deve a isso mesmo – ter afrontado a pesporrência de Pinto da Costa e o seu insuportável provincianismo contra a capital e não ter endeusado o Futebol Clube do Porto. Mas será que não é mesmo por isso? Afinal, descontando o “desprezo” a que Rio votou o Clube e dirigentes, o que é que os portuenses têm a apontar à sua gestão autárquica? Mas a verdade é que tripeiros ilustres, como CAA, zurzem metodicamente no autarca, ressumando um indisfarçável ódio por um presidente de câmara que, se outras virtudes não tivesse, logrou expor uma tenebrosa rede de cumplicidades do antecedente, algumas delas pendentes ainda de decisão judicial e recuperou o prestígio que a cidade merece. Ao invés, CAA acha que Rio foi para as eleições para perder (CAA lá saberá porque é que um homem concorre a eleições para perder) mas acabou por ganhar pela má prestação de Fernando Gomes, o que acho uma asserção extraordinária. E agora "deseja de" ser líder do PSD mas blá blá blá, não se candidata, ficando na sombra á espera que Ferreira Leite se esvazie e ele possa avançar. Tudo isto dito com um ar de dolo punível com pena máxima, que as pessoas não têm nada que ser calculistas e muito menos desejar de. Sobretudo o uso indiscriminado da preposição que, como se sabe, é exclusivo e marca registada de Pinto da Costa. Penso eu de que.
Até dou de barato que Rui Rio possa ter um ror de pecados e malfeitorias na gestão autárquica da segunda cidade portuguesa. Sou lisboeta e não vivo de perto, naturalmente, o dia-a-dia da capital do norte. Mas se e quando se quer falar mal do homem seria bom que se especificasse exactamente o que é que de mal o homem fez ou faz. Dizer que ganhou eleições porque Gomes teve uma má prestação e agora, pasme-se, comete pecado capital de desejar de ser líder parece-me pueril e, sobretudo, injusto. Por muito que Rio goste mais de automóveis do que de futebol.
Às vezes basta atravessar uma ponte e rumar a Lisboa para que, depois dos Carvalhos, passemos a malbaratar qualquer capital de entendimento que julguemos ter adquirido sobre a Invicta e idiossincrasia dos seus nativos. Pois, a não ser pelo afastamento geográfico e progressivo da Arrábida e do Campo Alegre, como perceber o azedume de ilustres portuenses dedicado a um homem que, ao que me apercebo, revela elevados níveis de seriedade e competência, mesmo que no seu percurso tenha afrontado descomplexadamente um dos maiores caciques locais, Pinto da Costa de seu nome, e o respectivo clube que dirige?
Julgo ser demasiadamente simplista se pensar que esse azedume se deve a isso mesmo – ter afrontado a pesporrência de Pinto da Costa e o seu insuportável provincianismo contra a capital e não ter endeusado o Futebol Clube do Porto. Mas será que não é mesmo por isso? Afinal, descontando o “desprezo” a que Rio votou o Clube e dirigentes, o que é que os portuenses têm a apontar à sua gestão autárquica? Mas a verdade é que tripeiros ilustres, como CAA, zurzem metodicamente no autarca, ressumando um indisfarçável ódio por um presidente de câmara que, se outras virtudes não tivesse, logrou expor uma tenebrosa rede de cumplicidades do antecedente, algumas delas pendentes ainda de decisão judicial e recuperou o prestígio que a cidade merece. Ao invés, CAA acha que Rio foi para as eleições para perder (CAA lá saberá porque é que um homem concorre a eleições para perder) mas acabou por ganhar pela má prestação de Fernando Gomes, o que acho uma asserção extraordinária. E agora "deseja de" ser líder do PSD mas blá blá blá, não se candidata, ficando na sombra á espera que Ferreira Leite se esvazie e ele possa avançar. Tudo isto dito com um ar de dolo punível com pena máxima, que as pessoas não têm nada que ser calculistas e muito menos desejar de. Sobretudo o uso indiscriminado da preposição que, como se sabe, é exclusivo e marca registada de Pinto da Costa. Penso eu de que.
Até dou de barato que Rui Rio possa ter um ror de pecados e malfeitorias na gestão autárquica da segunda cidade portuguesa. Sou lisboeta e não vivo de perto, naturalmente, o dia-a-dia da capital do norte. Mas se e quando se quer falar mal do homem seria bom que se especificasse exactamente o que é que de mal o homem fez ou faz. Dizer que ganhou eleições porque Gomes teve uma má prestação e agora, pasme-se, comete pecado capital de desejar de ser líder parece-me pueril e, sobretudo, injusto. Por muito que Rio goste mais de automóveis do que de futebol.
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Etiquetas: Ai Portugal
10 Comments:
V. não é só um lisboeta - é sobretudo um ignorante.
Sei muito bem do que falo acerca da campanha do Porto em Dezembro de 2001: integrei a Comissão Política da campanha de RRio. Lembro-me bem do que se dizia acerca das possibilidades de vitória, sobretudo próprio...
Responda a alguma das questões que coloco na posta e tente não exagerar nos disparates.
CAA
CAA
Ignorante, serei. Mas não sobretudo. Sobretudo, serei muitas outras coisas antes de ser ignorante. Por exemplo, sobretudo não me exaspero com a crítica alheia nem perco a compostura. Apesar de lisboeta.
Quanto ao mais, não me sinto inclinado a responder a questões que você diz pôr na posta, porque me parece que não ha nada a responder. Você faz afirmações e ou leio mal ou não faz perguntas nenhumas. Por outro lado, quem coloca algumas dúvidas sou eu, nomeadamente sobre o tipo de malfeitorias de Rui Rio para que seja tão frequentemente sovado. Alguma coisa ele deve fazer ou ter feito.
Procurei não exagerar nos disparates, como me pede. Espero tê-lo conseguido e logrado não ter contribuído para irritação acrescida.
«Dizer que ganhou eleições porque Gomes teve uma má prestação »
isso é de uma evidência a toda a prova. Nem há socialista que negue tal coisa.
Só mesmo quem cá não vive é que pode duvidar dessa certeza. As pessoas não perdoaram a FG ter abandonado a cidade para se ir passear para os salões da capital e pretender voltar como se isto fosse a sua coutada. Não era.
Só em Lisboa é que desconhecem que FG perdeu forte e feio nos sitios mais socialistas, nos bairros camararios. E também só em Lisboa as pessoas tem a ideia de que Rui Rio era alguém antes de ser presidente da CMP. Não era. Era o adversário de Fernando Gomes e isso bastou.
anónimo
"As pessoas não perdoaram a FG ter abandonado a cidade para se ir passear para os salões da capital e pretender voltar como se isto fosse a sua coutada. Não era".
Pois...
Espumante,
Se puder, dê um uma visita ao link http://lanternaacesa.blogspot.com/2008/04/uma-corrente-um-elo.html
Um abraço,
ZP
Ze Paulo
Eu já respondi a essa corrente, instado pela Carlota do Lote 5. Não faz sentido responder outra vez, mas agradeço, com amizade, o convite.
Caro Espumante, tenho dúvidas se esse Sr. carlos aí em cima é o egrégio colunista daquele jornal de referência CM (sim, esse mesmo, concorrente directo do 24horas e Crime) ou se uma disfarçada vendedora do Bulhão, carago. Não pelo pendor escorregadio com que lhe salta o pé para a chanata, mas pela belicosidade canora com que lhe quer vender o peixe...
Quanto ao seu post, nada a acrescentar: ou bem que RR é completamente irracional e foi para umas eleições para perder por abnegação e espírito de sacrifício ou corpo presente pelo PSD, ou bem que é um safado de um calculista e "manda" tropa de elite para um cenário de guerra cujo único vencedor seria ele pp se quisesse e deixava a província para os provincianos.
Abraço,
BOlhão, carago!
joãog
Apesar do link dar "indisponível, acredito que "Carlos" seja mesmo o Carlos Abreu Amorim do Blasfémias, aliás ele assina CAA no fim do comentário em que me chama ignorante e me diz para tentar não exagerar nos disparates.
Portanto é o que escreve no CM, sim senhor!
Um abraço
Espumante,
Com toda a certeza não faz sentido "reentrar" na corrente. Passei em branco e não me apercebi que já estava "acorrentado". Peço desculpas.
Outro abraço, com amizade.
Zé Paulo
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