A portuguesa república

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Esta é uma imagem feliz. Uma bandeira de cores berrantes (talvez a mais feia combinação de cores de todas as bandeiras), uma mulher seminua como que a querer significar que na república nunca somos tudo completamente. Somos apenas q.b., o suficiente para derrubar alguma coisa ou alguém ou implantar uma ideia. O clero derrubado e humilhado, representado por um facies malandro e cruel, um avião a representar o progresso e a ciência, a técnica e outra minudências afins, a palavra justiça, escrita e não simbolizada, como que projectando já um conceito bonito de escrever mas de execução difícil e contornos muito feios. Por fim, a efígie de Afonso Costa, com aquela expressão (republicana) de quem sabe que muitas vezes será aludido por muitos Soares do nosso descontentamento.

Não encontrei qualquer referência a esta gravura do GNR que "pesquei" no Google. No entanto, pelo "traço", "cheira-me" a Lucy Pepper. Se fôr, fica aqui o registo. Se não fôr, ela desculpa-me com certeza.

Nota: Sou republicano e laico. Socialista, nem por isso. Mas sou daqueles que acham (daqueles que acha, se eu fosse apresentador de rádio ou televisão…) que os povos e a nação precisam de referências como factores aglutinadores da sua unidade e coesão. Tanto quanto de liberdade, justiça, progresso e desenvolvimento. Sobretudo para conter a massa pululante de arrivistas que se consideram indispensáveis na condução dos destinos de um Estado. Como é que isso é possível, não sei. A monarquia, com tudo o que tem de pouco recomendável, ainda poderia ou poderá servir este propósito. Mas pode ser que haja outra forma de se criar referências, sem precisarmos de ter líderes nomeados por via uterina. Quem sabe?

ADENDA: a Lucy P deu por ela e veio aqui reconhecer a patern... hummm... maternidade do desenho. Ainda bem porque assim dá para lá ir ler o que ela escreveu em 2005. Cinco, vejam bem já ao tempo que foi... e deliciarmo-nos com o post que, em determinada altura reza assim:

"Agente de GNR (Guarda Nacional da República for you non-portuguese - the agency that acts as police force outside of the metropolitan areas and actually I've probably got that wrong, I'm sure someone will put me right in the comment box... the professor's out and I can't check with him!) struts as slow as it possible to strut, along the pavement in his cavalier boots (WHY DO THEY STILL WEAR RIDING BOOTS?), checking the cars that are parked in a paid parking stretch of road, with a clipboard to note down registration numbers/matrículas..." vale a pena ler o post todo!

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