segunda-feira, outubro 01, 2007

Fim



[2050]

Menezes foi eleito. O partido onde sempre depositei alguma esperança e que eu olhava como reserva para os desmandos e irresponsabilidade dos socialistas, acabou por sucumbir à corrente generalizada de populismo deste país.

Aguardo o pior. Uma posição revanchista de Menezes contra os sulistas, elitistas e liberais de Lisboa, o regresso da magna regionalização e o abandono puro e simples de algumas figuras que poderiam ainda fazer a diferença. E, de repente, experimento uma terrível sensação de orfandade…
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10 Comments:

At 8:43 da manhã, Blogger jcd disse...

É isso mesmo: orfandade visível, nua e crua, e sem forma de nos podermos iludir mesmo quando queremos.

 
At 12:07 da tarde, Blogger 125_azul disse...

Eu comecei a desconfiar que a coisa ia mal quando vi por aí muita gente a elogiar sentidamente o Santana. Pareceu-me conversa da outra que dizia "quando sou boa sou muito boa, quando sou má sou melhor ainda".
Beijinhos e um Outubro cheio daquelas cores que gostas. E só para a Carlota nos dar nas orelhas outra vez, que escandaleira foi aquela na Luz? E logo contra nós, com intervalo de pouquíssimos dias, admite-se???

 
At 3:35 da tarde, Blogger António de Almeida disse...

-Mas existe um lado positivo, o castigar de quem se ausentou, elites e notáveis que a partir de agora não mais ficarão no pedestal a emitir palpites, tendo que vir a terreno defender as causas em que acreditam. O partido sobreviverá a Menezes, que até pode nem ficar por lá muito tempo, mas nunca mais será o mesmo, por muito que custe aos Pachecos Pereiras e outros, esta poderá ser uma oportunidade de rejuvenescimento e mesmo de revitalização do partido, com novos protagonistas que irão surgir à medida que Menezes vá cometendo erros. Restará ainda saber a composição do conselho nacional.

 
At 5:36 da tarde, Blogger Sinapse disse...

Eu cá sou da opinião que o PS devia ficar no Governo até a situação bater bem lá no fundo (é que parece-vos que bateu, mas acreditem que ainda não ... só quando os jornais disserem que bateu, é que bateu!) ... ou seja, quero que eles se aguentem no poleiro até todos os jornais passarem cada semana a dizer mal do Governo (anyone remember how Cavaco Silva/PSD was defeated way before any elections took place?) ... eles que se afundem na lama que ajudaram a amontoar, eles que focinhem bem afocinhados na pocilga política que se vai desenhando lentamente por detrás da propaganda socratesiana ... eu só quero ver o PSD no Governo depois de os jornais finalmente comerem as palavras com que elegeram o PS.

Não desesperes, Espumante, tenho cá um palpite que não há perigo de veres o Menezes no lugar do Sócrates ...

 
At 7:52 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

jcd
Sem tirar nem pôr, JCD...

 
At 7:53 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

azulinha
A Carlota não teve coragem para dozer coisa alguma, dada a dimensão do escãndalo...
:)

 
At 7:54 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

antónio de almeida

A ver vamos, como diz o cego...

 
At 7:55 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

sinapse

A questão nem é bem essa, minha amiga. É mais uma questão de fundo.
beijinhos chateados.
Ah, concordo em absoluto com o que dizes em reçalão à comunicaçlão social.

 
At 1:50 da tarde, Blogger Sinapse disse...

Eu sei, eu sei ... mas apeteceu-me desabafar, mais uma vez, a minha irritação com a comunicação social ... vinha a propósito!

;)

 
At 10:08 da tarde, Blogger RAF disse...

Eu gosto do Menezes, o homem é inteligente, embora ele defenda ideias afastadas da minha (é social-democrata dos sete costados, daqueles que fazem o centrão). Ainda se vão surpreender.

Boa parte do PSD estava a precisar de uma lição. Ouvi tantos a fazer contas, como se quand quisesem o partido fosse seu, de carpete vermelha, como se o povão fosse acritico e lambe botas da pseudo-nobreza laranja.

O calculismo paga-se, e há demasiadas pessoas no PSD interessadas nas retóricas do Poder, e muito poucas dispostas pura e simplesmente a fazer política.

Pode ser que no futuro os putativos lideres percebam que chega ao Poder quem aceita liderar a oposição, e organizar-se no activo, e não fazer a travessia longe dos holofotes e do trabalho politico.

 

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