O abraço

[1922]

É feio. É revelador de como o Partido Socialista não resiste à sua reconhecida síndrome de brincar a ser de esquerda, sempre que tem oportunidade para isso, nos intervalos dos períodos em que exerce o poder e se entretém a desarrumar a casa.

É triste, porque por mais voltas que lhe demos, a entrega de poder, por ínfimo que seja, ao Bloco de Esquerda na pessoa de Sá Fernandes resulta de circunstancialismos gerados pelo escrutínio popular e, por isso, tem que ser respeitado.

É irritante, porque vemos um homem que se notabilizou pelos graves prejuízos que causou aos lisboetas, se vê premiado na entrega de um pelouro. Um brinquedo com que ele se vai entreter a ver como é que conseguirá, novamente, protagonismo.

A parte lúdica da coisa está aqui, neste post do RAF, que recomendo para levarmos o resto do dia bem dispostos

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