quinta-feira, abril 12, 2007

Política baixinha



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Sobre as putativas trafulhices de José Sócrates relativamente a diplomas, títulos, cadeiras feitas e por fazer, notas, cartas datadas e outras por datar, proximidade geográfica de universidades e uns quantos documentos exibidos para a câmara (check, João Miranda), registo o rosnar dos mastins (quem se mete com o PS leva...ou o "guterríssimo", partimos as fuças à direita) da "entourage" dos nossos eleitos e o abanar de cauda da respectiva vassalagem - como, por exemplo, a tirada de José Junqueiro quando se refere à enorme pequenez de Marques Mendes, não fôssemos nós esquecermo-nos que Marques Mendes deve medir um metro e cinquenta calçado o que, como se sabe, é uma vergonha quando comparados com os esplêndidos cento e oitenta centímetros do nosso engenheiro.

Apenas mais um registo sobre a prestação de Sócrates. Tenho de actualizar o meu conceito sobre as virtualidades do Partido Socialista. Quando eu pensava que a sua principal qualidade era a pirueta, verifico que o Partido é excelente na pirueta com saída perfeita. Bastou seguir a entrevista de ontem do nosso primeiro.

NOTA: É tempo de os acólitos de Sócrates se calarem com a habilidadezinha de misturar coisas. Pois o que está em causa não é o facto de Sócrates ser engenheiro ou equilibrista de circo. O que está em causa, sim, é o caldo de favores, de engenharia de cunha, de promiscuidade de interesses, de desrespeito (neste caso por todos os que, não se precisando deles para nada, têm de queimar as pestanas, dinheiro e saúde para obterem uma licenciatura) e gene de trampolinice pura que se cheira à distância com toda a história da forma como a sua licenciatura foi obtida.

Por menos que isto, Sampaio despediu Santana. Não que isso abone a favor de Santana. Mas certamente desabona esta “família” de right stuff que nos governa. Ciclicamente. E onde Sampaio continua a ter lugar de proa.

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