Pequenez
[1686]
Assisti emocionado a algumas imagens do rescaldo do massacre de Virgínia. Vi polícias a responder com total disponibilidade a perguntas de jornalistas, alunos a dar a sua versão dos acontecimentos, a elegia do heroísmo de alguns (como o professor romeno que morreu, salvando algumas vidas de alunos), vi Bush a fazer o que lhe competia e vi a vigília de alunos, pais e familiares pela noite fora, numa sentida homenagem aos colegas mortos. E tudo o que vi decorreu numa atmosfera de muita emoção e dor, certamente, mas com muita civilidade e, sobretudo, respeito.
Por cá as coisas fiavam mais fino. Bastou-me ouvir Miguel Sousa Tavares e o correspondente da SIC Costa Ribas. Desde o imagine-se o que seria Portugal com os lares cheios de armas como os americanos, de Sousa Tavares, até à suprema imbecilidade de caracterizar o assassino como um sul coreano emigrante mas já americanizado com que Costa Ribas brindou a preclara audiência lusitana, assisti, compungido, a mais uma manifestação da nossa pequenez.
Ah! E não havia portugueses nem luso-descendentes entre as vítimas. Morreram 33 mas eram todos estrangeiros.
Assisti emocionado a algumas imagens do rescaldo do massacre de Virgínia. Vi polícias a responder com total disponibilidade a perguntas de jornalistas, alunos a dar a sua versão dos acontecimentos, a elegia do heroísmo de alguns (como o professor romeno que morreu, salvando algumas vidas de alunos), vi Bush a fazer o que lhe competia e vi a vigília de alunos, pais e familiares pela noite fora, numa sentida homenagem aos colegas mortos. E tudo o que vi decorreu numa atmosfera de muita emoção e dor, certamente, mas com muita civilidade e, sobretudo, respeito.
Por cá as coisas fiavam mais fino. Bastou-me ouvir Miguel Sousa Tavares e o correspondente da SIC Costa Ribas. Desde o imagine-se o que seria Portugal com os lares cheios de armas como os americanos, de Sousa Tavares, até à suprema imbecilidade de caracterizar o assassino como um sul coreano emigrante mas já americanizado com que Costa Ribas brindou a preclara audiência lusitana, assisti, compungido, a mais uma manifestação da nossa pequenez.
Ah! E não havia portugueses nem luso-descendentes entre as vítimas. Morreram 33 mas eram todos estrangeiros.
.
Etiquetas: massacre de Virginia
8 Comments:
Dói. Não faz sentido. Beijinho
Eu não ouvi o MST ...
... mas, na minha opinião, se não fosse tão fácil (é um fácil relativo, daí o itálico) ser portador de armas de fogo ... a criminalidade americana teria outra face ...
... a criminalidade não tem faces boas! ... mas pelo menos a percentagem de homicídios não seria tão elevada!
...
Beijinhos, que neste post são discordantes,
Sinapse
Madalena
É brutal...
beijinho para ti também
sinapse
Eu não defendo o uso de armas pela população. Não digo isso no post. Refiro-me é à ligeireza com que se aponta culpados...
Beijinhos amuados :))))
Acredito na sua emoção e acompanho-o, mas não posso concordar com a competência do Bush, pois não o vi criticar ou disponibilizar-se para confrontar a toda poderosa Rifle Association ou o mercado de venda de armas, também a disponibilidade da polícia falar aos jornalistas não mascara a incompetência demonstrada durante todo o processo, a vigília será apenas mais uma (e vi muitas cadeiras vazias numa universidade tão grande) que é hábito fazer, e o que é que irá mudar?
Por cá vê-se o costume, algumas entrevistas, algumas opiniões e nenhuma posição de solidariedade para com os muitos mortos anuais por armas de fogo vendidas como se fossem canas de pesca.
Saudações anti-armas de fogo vendidas à balda.
teofilo m.
Nao creio que a Rifle Associationj tenha tido culpa do massacre na Virginia Tech. Isso eh matehria que pontualmente poderia ser discutida (ha um filme sobre isso, com o John Cusack e o Gene Hackman...) mas eh sinmplista e redutor achar que a culpa eh da Rifle Association.
Quanto ah disponibilidde dos policias gostei de ver, sim, apesar de ser mais facil ser disponivel num pais ounde os jornalistas fazem menos perguntas menos idiotas. Por outro lado, nao sei o que se passou que leve a pensar que foram incompetentes. Pelo contrario, ouvi um louvor ah actuaçao da policia e da imprensa que li nao me apercebi de incompetencia alguma.
O numero de cadeiras vazias na vigilia... bom, nao reparei nesse pormenor, mas acho extraordinario o Teofilo m. ter reparado. O que vi foi grupos de colegas e familiares genuinamente emocionados com o massacre. Curiosamente, de varias raças.
Quanto ao numero de armas vendidas... sabe quantas armas de fogo ha vendidas em portugal (registadas)???? Va ver ao Insurgente que estah lah tudo. Fora as ilegais.
Bom, hoje estou para ser questionado, mas nao eh grave.
Saudaçoes sem balas!
Em Portugal, o que é preciso são armas e balas para o Povo derrubar o regime.
Nuno
"Em Portugal, o que é preciso são armas e balas para o Povo derrubar o regime."
Pois, armas para lá pôr outros parasitas, mas não para a auto-defesa, Isso é independência dos "bem-pensantes" logo, é mau!
O regime!
Este povo É o regime, sempre a votar em imbecis porque pensa que os pode levar a arranjar mais um tacho para a família, que é a ùnica Pátria deste "país" de Caciques e Barõezinhos.
Enviar um comentário
<< Home