domingo, março 11, 2007

Europeans/éennes/eus


[1609]

Eu gostei muito
deste texto do FJV. Revejo-me, aliás, em muitos dos exemplos que ele citou, sem orgulho mas com deleite. Mas, que diabo, podemos ser todos um bocadinho preguiçosos, absentistas, atrasados e gostar de sarrabulho ou paraniscas com arroz de feijão sem embargo de convergirmos no essencial de um projecto global europeu, ou não podemos?

O problema é que a convergência é, normalmente, tratada e manipulada por burocratas ineptos, insubstituíveis e correctos (lá foi Solana a Beirute, outra vez…), que acham que ser europeu é comer (e, provavelmente, ter) tomates normalizados, pensarmos todos de igual, achar que os americanos são umas bestas e ter um dia-a-dia normalizado, do comer ao dormir. Não fora esse pormenor e eu acho que seria bastante meritória a aglutinação de vários povos que, queiramos ou não, têm muito em comum e projectos muito importantes a defender. Uns por padrão de vida, outros por pura sobrevivência.

Se pensarmos bem, haverá mosaico mais diversificado que o americano? E eles são irlandeses, ingleses, franceses, libaneses, mexicanos, portugueses, saharianos, italianos, gregos? Não. Todos são americanos. E proud of it.

Daí que todos poderíamos e deveríamos (sou um europeísta convicto) ser europeus. Cada um à sua maneira, mas europeus. Talvez, a breve trecho, não tenhamos outra alternativa que não essa mesmo. Entendermo-nos


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