quinta-feira, março 22, 2007

Déja vu


[1637]

Salvo erro ou omissão, a única personagem da família socialista europeia que me ocorre ter pautado a sua legislatura por uma acção de firmeza, bom senso, coragem e realismo foi, esse mesmo, Tony Blair. Todos os outros naufragaram ou naufragam num arrepiante mar de inanidades, lugares comuns, frases feitas e, o que é pior, na costumada tendência de governarem ao saber de ideologias que apesar de residuais, mantêm bem viça a sua hipocrisia e vanidade em relação às exigências de uma sociedade moderna como a nossa.

Até Ségolène, que eu admito ter despertado em mim um estimável frémito de excitação por qualquer coisa de novo e de fresco, tem resvalado para uma campanha anódina, demagógica e, sobretudo, de uma pobreza confrangedora, em termos de ideias ou propósitos. É um déja vu evidente, é a Europa correcta e sobretudo, e repito, inane e sem futuro perante os grandes desafios que se perfilam no horizonte de todos nós.

Tudo isto numa cara bonita, aceito. Mas uma cara bonita não chega.



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