Espaços onde é difícil respirar *
* Título do post com a devida vénia ao Abrupto
[1629]
Pressionada pelos populares, a mãe, Isaura Pinto, trouxe-a duas vezes à janela, para júbilo da população, que batia palmas e gritava pelo seu nome. Algumas horas, críticas e alguns insultos depois, os pais acabaram mesmo por levar Andreia ao local da festa. "Tinha de ser, tinha de ser!", reclamava Mariana Augusta...
...até de Chaves, gente que "fazia muito gosto em ver-lhe a carinha". Foguetes, "tocadores de cantares típicos", comes e bebes e curiosos fizeram de Cernadelo uma espécie de santuário, com Andreia como atracção.
De Fafe chegou mesmo um vidente, que apregoava a previsão do regresso da menina e aproveitou para distribuir panfletos. "Os avós foram lá depois do rapto e eu disse: “Vai demorar, mas não está em perigo e vai aparecer"
...mal conseguia falar "com os nervos" a mulher que "não conhecia ninguém", mas viu o caso na televisão e ficou "doente". "O povo fazia gosto que a menina viesse aqui", contou, esbaforida, alguns momentos depois de se empoleirar junto à janela onde a bebé foi mostrada: "Estou aqui com uma dor como se a tivessem roubado a mim".
Pedro Santos, um dos muitos que se fizeram ouvir durante o dia, veio de Chaves. "Porque tenho sentimento", disse o homem, que trouxe uma embalagem de 12 litros de leite.
"Vamos comer! Vamos comer!", gritou Pedro Santos.
Tudo isto e mais no DN de hoje
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Pressionada pelos populares, a mãe, Isaura Pinto, trouxe-a duas vezes à janela, para júbilo da população, que batia palmas e gritava pelo seu nome. Algumas horas, críticas e alguns insultos depois, os pais acabaram mesmo por levar Andreia ao local da festa. "Tinha de ser, tinha de ser!", reclamava Mariana Augusta...
...até de Chaves, gente que "fazia muito gosto em ver-lhe a carinha". Foguetes, "tocadores de cantares típicos", comes e bebes e curiosos fizeram de Cernadelo uma espécie de santuário, com Andreia como atracção.
De Fafe chegou mesmo um vidente, que apregoava a previsão do regresso da menina e aproveitou para distribuir panfletos. "Os avós foram lá depois do rapto e eu disse: “Vai demorar, mas não está em perigo e vai aparecer"
...mal conseguia falar "com os nervos" a mulher que "não conhecia ninguém", mas viu o caso na televisão e ficou "doente". "O povo fazia gosto que a menina viesse aqui", contou, esbaforida, alguns momentos depois de se empoleirar junto à janela onde a bebé foi mostrada: "Estou aqui com uma dor como se a tivessem roubado a mim".
Pedro Santos, um dos muitos que se fizeram ouvir durante o dia, veio de Chaves. "Porque tenho sentimento", disse o homem, que trouxe uma embalagem de 12 litros de leite.
"Vamos comer! Vamos comer!", gritou Pedro Santos.
Tudo isto e mais no DN de hoje
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Etiquetas: Andreia Elizabete, espaços irrespiráveis, me worry?
1 Comments:
Ai, o nosso povo, o nosso povo...
Olha, tudo isto escapou-se-me. Devo ter enfiado a cabeça na areia nestes últimos dias...
Já sei, não precisas de mo dizer: não perdi nada, não é?
:)
Beijola.
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