Maresia e Plano B
Na Marginal, ao passar pela Parede, cheira a limos putrefactos, moluscos em decomposição acelerada, coliformes fecais em suspensão na água turva dum mar inquinado por sais de azoto (os tais nitratos, mas a mim fica-me bem designá-los assim), orgânicos fosforados, crustáceos partidos em mil bocados e podres, amêijoas salmoneladas (não confundir com truta salmonada, apesar da semelhança...), tudo misturado num espuma amarelada a bater nas rochas (o mexilhão, pois, lá está...) e a atirar para a estrada o tal cheiro.
O poeta cheira isto e faz um hino à maresia.
Aquele que, como eu, ao levantar, cometeu o erro grosseiro de olhar para o espelho antes de, precavidamente, se barbear e tomar o duche, ir descalço à cozinha e lembrar-se que a tal Ucraniana ainda não veio, ouve no rádio que a A5 está entupida e a Marginal tem marcha lenta e acaba a ouvir no Forum da TSF um arrazoado sobre enfermeiros e ajudantes de serviço hospitalar e respectivas reclamações ( a Bastonária, deuses, a Bastonária...) acha que aquilo cheira a merda...
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