Custou, mas foi...
Tardou, mas veio. Entretive-me a reparar quanto tempo demoraria a ler alguma coisa que “justificasse” a barbárie de Meslan e, por alguns dias, pensei que isso acabaria por não acontecer. Miguel Portas (MP) encarregou-se da “justificação” no DN de hoje. Certo que deixou passar uns dias, tal o horror da coisa, mas acabou por não deixar os créditos por mãos alheias. Na altura indicada, ou seja, uns dias depois de assentar a poeira.MP é um exemplo acabado de despudor, aleivosia e descaramento. Dou comigo a pensar que este tipo de pensamento de MP já não tem a ver com o bem ou como mal, com ideais ou com extremadas preocupações sociais. Inclino-me, sinceramente, a pensar que poderá haver um mundo de questões mal resolvidas e uma total ausência de dignidade, humanismo e estruturação sináptica a enquadrar este radicalismo idiota, esta objectiva, pretensa e criminosa cegueira que se escudam na liberdade e pluralidade de pensamentos. Não é uma questão do exercício da liberdade de ideias, é já uma questão de higiene, de decência e respeito pela vida humana. Que MP, patenteadamente, não tem.
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