quarta-feira, maio 07, 2014

Estava a ver que ninguém reparava


[5117]

Ufa! Estava a ver que ninguém reparava neste exemplo clássico de irresponsabilidade e de absoluta falta de tacto de Seguro (negritos de minha responsabilidade).


Em entrevista ao Expresso e à SIC, António José Seguro disse não poder garantir que um futuro governo liderado por si diminua a actual carga fiscal. Isso significa, para qualquer mediano mentecapto, que António José Seguro se prepara, se e quando alguma vez chegar ao governo, para manter as taxas de impostos em vigor, as mesmas que foram violentamente aumentadas pelo governo de Passos Coelho, Vitor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, e que ele tanto censurou no momento em que foram aplicadas. Ora, se as censurou foi porque as julgou desnecessárias e parte significativa dos sacrifícios ilegítimos que o governo que ele quer derrubar e substituir aplicou, segundo ele, cruelmente aos portugueses. Daí que, em coerência, ele não possa deixar de fazer, de duas uma: ou diminuir essa brutal violência assim chegue ao governo, ou retratar-se por a ter considerado desnecessária, mantendo-a quando for primeiro-ministro. Tentar esquivar-se a qualquer uma destas duas únicas posições possíveis, alegando, por exemplo, nada poder por ora garantir por desconhecer o país que irá receber, é próprio de um vulgar aldrabão de feira, que se espera não seja o chefe do governo de Portugal.

*
*