Estava a ver que ninguém reparava
Ufa! Estava a ver que ninguém reparava neste exemplo
clássico de irresponsabilidade e de absoluta falta de tacto de Seguro (negritos
de minha responsabilidade).
Em entrevista ao Expresso e à SIC, António José Seguro
disse não poder garantir que um futuro governo liderado por si diminua a actual
carga fiscal. Isso significa, para qualquer mediano mentecapto, que António
José Seguro se prepara, se e quando alguma vez chegar ao governo, para manter
as taxas de impostos em vigor, as mesmas que foram violentamente aumentadas
pelo governo de Passos Coelho, Vitor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, e que ele
tanto censurou no momento em que foram aplicadas. Ora, se as censurou foi
porque as julgou desnecessárias e parte significativa dos sacrifícios
ilegítimos que o governo que ele quer derrubar e substituir aplicou, segundo
ele, cruelmente aos portugueses. Daí que, em coerência, ele não possa deixar de
fazer, de duas uma: ou diminuir essa brutal violência assim chegue ao governo,
ou retratar-se por a ter considerado desnecessária, mantendo-a quando for
primeiro-ministro. Tentar esquivar-se a qualquer uma destas duas únicas
posições possíveis, alegando, por exemplo, nada poder por ora garantir por
desconhecer o país que irá receber, é próprio de um vulgar aldrabão de feira,
que se espera não seja o chefe do governo de Portugal.
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